"Mamã", de Andrés Muschietti, vence três prémios no Fantas

Realizador espanhol retoma a história de terror gótico que inicialmente adaptara a uma curta-metragem. "Pietá", de Kim-Ki-Duk, foi o melhor na Semana dos Realizadores

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Mamã, de Andrés Muschietti, já está em exibição no circuito comercial português

O filme "Mamã", de Andrés Muschietti, uma coprodução hispano-canadiana com a chancela de Guillermo del Toro como produtor, venceu os prémios de melhor filme, melhor realizador e melhor actriz (Jessica Chastain, a mesma de "A Árvore da Vida" e "00:30 Hora Negra") na secção de Cinema Fantástico do 33º Fantasporto.

"Mamã", que abriu a principal secção competitiva do festival no passado dia 1, e entrou também esta semana no circuito comercial português (ver crítica no último suplemento Ípsilon), é o desenvolvimento para uma longa-metragem da história de terror gótico que o realizador tinha anteriormente feito numa curta, mostrada no Fantas de 2008.

Na mesma secção, o Prémio Especial do Júri foi para "O Apóstolo", produção galega assinada por Fernando Cortizo, com música de Philip Glass. O melhor actor foi Toby Jones, em "Berberian Sound Studio", de Peter Strickland (Reino Unido); os melhores argumentistas foram Valentin Mereutza e Alex Schmidt, pelo filme realizado por este último, "Forgotten" (Alemanha). Já "Iron Sky", do finlandês Timo Vuorensola, foi distinguido pelo trabalho do director de fotografia Mika Orasmaa e da sua equipa de efeitos especiais. A lista dos prémios oficiais desta secção conclui-se com a curta-metragem "Hotel", do espanhol José Luis Aleman.

Os filmes "Pietá", do realizador sul-coreano Kim-Ki-Duk, e "White Tiger", do russo Karen Shaknazarov, estiveram em evidência na Semana dos Realizadores. O primeiro arrecadou o Prémio Manoel de Oliveira (melhor filme) e o de melhor actriz (Lee Jung-Jing). "White Tiger" mereceu os prémios Especial do Júri, de melhor realizador e de melhor actor (Aleksey Vertkov). Ainda nesta secção, o holandês Boudewijn Koole venceu, com Jolein Laarman, a distinção de melhor argumento, por "Kaunboy", realizado pelo primeiro.

Os prémios Orient Express foram para a Coreia do Sul: "The Grand Heist", de Kim-Joo-Ho, foi o melhor filme, e "The Weight", de Jeon Kyu-Hwan, recebeu o Prémio Especial do Júri.

Na lista das distinções não-oficiais, o Prémio da Crítica foi para "The Seasoning House", do britânico Paul Hyett; o do Público foi para"Thale", de Aleksandre Nordaas (Noruega).

A direcção do Fantasporto atribuiu ainda o Prémio Carreira ao realizador português António de Macedo, e prestou homenagem a Manoel de Oliveira, na passagem dos 70 anos sobre a estreia de "Aniki-Bóbó" (1942). Na secção exclusivamente dedicada ao Cinema Português, foi distinguido do documentário de Luís Moya, "Mia Mia Sudan Tamam Tamam", sobre o povo do Sudão; e "Restart", trabalho colectivo do Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias, de Lisboa (Prémio Escolas de Cinema).

O festival tem este sábado à noite a cerimónia de entrega dos prémios, em que será exibido "Mamã". Amanhã, os dois auditórios do Teatro Rivoli exibirão uma selecção dos filmes distinguidos.

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