Estivadores prolongam greve até à véspera de Natal
Os estivadores dos portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz estão em greves sucessivas desde Setembro.
O pré-aviso abrange todo o trabalho portuário entre as 8h do dia 17 e as 8h do dia 24, com algumas excepções.
No porto de Lisboa, a paralisação será interrompida entre as 17h e as 20h e entre as 21h e as 24h dos dias úteis entre 17 e 21 de Dezembro.
No porto de Setúbal, a interrupção será entre as 17h e as 20h e entre as 21h e a 1h dos dias úteis entre 17 e 21.
Nos portos de Aveiro e Figueira da Foz, a greve será interrompida entre as 8h e as 12h e entre as 13h e as 17h dos dias úteis entre 17 e 21.
No porto de Sines a greve incidirá sobre o trabalho que “exceda os limites normais diários”.
Na origem das sucessivas greves dos estivadores está o novo regime do trabalho portuário, que foi votado na generalidade pela Assembleia da República na passada quinta-feira.
Os trabalhadores não aceitam, nomeadamente, a restrição das funções consideradas como trabalho portuário, uma das alterações propostas no decreto-lei, porque temem perder postos de trabalho.
Actualmente o trabalho portuário inclui toda a área de jurisdição do porto. A proposta de lei em discussão prevê uma restrição das tarefas a realizar pelos estivadores, dado que o serviço nas portarias, nos armazéns e a condução de veículos pesados deixarão de ser considerados como trabalho portuário.
Segundo o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, cada mês de greve nos portos tem um custo de 400 milhões.
Os estivadores dos portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz estão em greves sucessivas desde Setembro, altura em que o Governo anunciou o acordo com 9 dos 11 sindicatos representativos dos trabalhadores portuários para a nova legislação.
O Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul tem em vigor um pré-aviso de greve, que prolonga a paralisação nos quatro portos, até às 8h do dia 17 de Dezembro.