Nissan ganha quota de mercado numa Europa em queda

Lançamento de novos modelos nos próximos dois anos serão fundamentais para a evolução da marca. Na Europa, a Nissan espera aumentar a quota de mercado

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O modelo apresentado pela primeira vez em 2009, conhecerá uma nova versão europeia já no próximo ano Foto: Toru Yamanaka / AFP

A marca nipónica irá lançar novos modelos dos seus já existentes automóveis durante a segunda metade de 2013 e o ano de 2014. Marco Toro, director da Nissan para a Península Ibérica, caracteriza esse período como “fundamental” para a marca.

O mercado europeu está em forte queda, com diversos países a atingir os dois dígitos durante este ano. A crise da zona euro tem levado os consumidores a retrair-se na compra de novos automóveis, conduzindo a uma grande quebra nas vendas. As marcas enfrentam hoje um sério problema na Europa, procurando alternativas para sobreviver neste mercado tipicamente forte. Embora registando quebras nas vendas europeias como as restantes marcas, Marco Toro afirma que a Nissan tem vindo a aumentar a quota de mercado.

A nível mundial, a venda de automóveis está a crescer este ano cerca de 7%, segundo o responsável, contrariando assim a tendência europeia. A marca Nissan, que é a quinta maior a nível mundial, irá enfrentar fortes desafios nos próximos dois anos, com o lançamento dos novos modelos.

Para a Europa, a marca japonesa tem prevista a produção em Inglaterra dos novos modelos do Note e do Qashqai para final de 2013 e ano de 2014, respectivamente. Já na Índia começará a ser produzido, a meio de 2013, o novo Nissan Micra. Segundo Marco Toro, este modelo contará com uma fronteira completamente nova.

Mais próximo estará o lançamento e início de produção em Inglaterra do novo modelo, para o mercado europeu, do já conhecido Nissan Leaf, que está previsto para o primeiro trimestre do próximo ano. O eléctrico da marca, cujo modelo asiático foi apresentado ontem, poderá trazer algumas novidades para a Europa, onde tem comercialização marcada para o segundo trimestre de 2013. De acordo com o responsável, o modelo que será vendido no velho continente ainda está a ser desenvolvido, de modo a corresponder às especificidades do mercado, podendo apresentar mais ou menos novidades do que aquelas anunciadas no Japão. Um aspecto que deverá ser comum aos dois modelos é o aumento de autonomia da bateria de 175 para 228 quilómetros.

Os modelos eléctricos presentes no mercado mundial registam vendas muito reduzidas. Porém, o mercado português é caracterizado por um valor relativo muito inferior. Marco Toro considera que a falta de incentivos estatais em Portugal prejudica a venda destes modelos, que têm um preço base elevado, quando comparado aos modelos dos segmentos mais baixos da marca.

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