Eduardo Carvalho nomeado administrador da Empordef

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Foto: Nélson Garrido

O ex-administrador da Empordef Luís Miguel Novais, que abandonou o cargo alegando “inércia” de decisões do Ministério da Defesa sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), já foi substituído pelo economista Eduardo Carvalho.

A confirmação da informação foi feita hoje à Agência Lusa por fonte da Empordef, holding para as indústrias de Defesa do Estado e que, entre outras empresas, tutela os ENVC, actualmente em processo de reprivatização.

Natural do Porto, com 54 anos, Eduardo Carvalho é licenciado em Economia e, segundo a Empordef, apresenta uma carreira com 32 anos ligada a “várias instituições públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro”.

“Em paralelo, desempenhou funções docentes no ensino superior, em Portugal e no estrangeiro, nas áreas de gestão financeira, custeio industrial e controlo de gestão”, acrescenta a mesma fonte.

A 2 de Março, Luís Miguel Novais, um dos três administradores executivos da Empordef, apresentou a demissão em ruptura com o Ministério da Defesa e com a forma como o processo sobre o futuro dos ENVC estava a ser gerido.

“Esgotamento dos estaleiros”

“Há decisões de gestão que têm de ser tomadas, independentemente da decisão final do Governo sobre a empresa. Esta inércia a que estamos a assistir desde Novembro está a levar a um esgotamento dos estaleiros”, afirmou à Lusa, na altura, Luís Miguel Novais.

“Esta administração foi muito coesa até à elaboração de uma solução para os estaleiros, que foi apresentada a 31 de Outubro ao Governo. Depois disso, os meus colegas alinharam numa perspectiva de não autonomia face a quem nos nomeou, enquanto eu entendo que devemos assumir o mandato e decidir, por isso fiquei em minoria”, apontou ainda.

A administração da Empordef é liderada por Vicente Ferreira, empossado no cargo em Agosto de 2011 e desde Março contava apenas com mais um administrador executivo, António Mendonça, e outro não executivo, Jorge Camões.

Este último lidera directamente os ENVC e o Arsenal do Alfeite, participados a 100% pela Empordef.

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