"Nobel da Música" para Paul Simon e Yo-Yo Ma

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Paul Simon (à direita) com Art Garfunkel AP

O cantor de folk rock Paul Simon e o violoncelista Yo-Yo Ma, ambos norte-americanos, foram distinguidos em Estocolmo, na Suécia, com o prémio Polar Music, conhecido como o "Nobel da Música".

A distinção, a mais alta deste género, é entregue pela Academia Real Sueca de Música e premeia todos os anos um artista pop e um clássico. A cantora rock Patti Smith e o grupo de música clássica Kronos Quartet foram os premiados no ano passado.

Sobre Paul Simon, o júri do prémio destacou “a capacidade adquirida, os arranjos inovadores e as letras provocadoras” do músico que se deu a conhecer ao lado de Art Garfunkel, na dupla Simon & Garfunkel, que criou “The Sounds of Silence” e “Bridge Over Troubled Water”.

“Ninguém merece tanto o epíteto de ‘compositor de classe mundial’. Durante cinco décadas, Paul Simon construiu pontes não só sobre águas turbulentas como também sobre oceanos inteiros, reunindo os continentes do mundo com sua música”, lê-se no comunicado do prémio.

Paul Simon conquistou 12 Grammys, incluindo um de homenagem pela sua carreira, e faz parte do Rock and Roll Hall of Fame.

Em relação a Yo-Yo Ma, apelidado como “o violoncelista mais importante de nosso tempo”, o júri destacou a capacidade do músico em “unir as pessoas de todos os continentes”.

“Yo-Yo Ma tem dedicado o seu virtuosismo e o seu coração às viagens de exploração musical e descoberta em todo o mundo”, disse o júri, acrescentando que o violoncelista “é a prova viva de que a música é comunicação, paixão e habilidade para partilhar experiências”.

Yo-Yo Ma, que quando tinha apenas sete anos actuou numa cerimónia de angariação de fundos para um centro cultural - que mais tarde se tornaria The Kennedy Center – na presença de John F. Kennedy e Dwight Eisenhower, é hoje um dos nomes mais populares da música clássica no mundo. Com 75 álbuns gravados, o norte-americano venceu 15 Grammys.

O Polar Music Prize foi criado em 1989 por Stig Anderson, agente da famosa banda sueca ABBA. O prémio distingue individualidades, grupos ou mesmo instituições, reconhecendo o trabalho excepcional feito em prol da criação e do progresso da música.

Ennio Morricone, Björk, B.B. King, Cyorgy Ligeti, Keith Jarrett, Bob Dylan, Ray Charles, Pierre Boulez, Elton John, Bruce Springsteen, Stevie Wonder, Pink Floyd, Dizzy Gillespie, Sony Rollins e Gilberto Gil são alguns dos já laureados com esta distinção.

Os prémios, no valor de 113 mil euros, vão ser entregues pelo rei Carlos XVI Gustavo numa cerimónia em Estocolmo, a 28 de Agosto.

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