PCP diz que Governo confirmou encerramento de três esquadras no Porto

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Esquadra na Praça Coronel Pacheco será uma das três a serem encerradas no Porto, avança PCP Luís Efigénio/NFactos (arquivo)

A direcção da organização da Cidade do Porto do PCP avançou neste domingo que o Governo, através do Ministério da Administração Interna, confirmou o encerramento das esquadras da PSP da Rua do Paraíso, Rua João de Deus e Praça Coronel Pacheco.

Em comunicado enviado às redacções, o PCP do Porto afirma que “em resposta a requerimentos do Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República, o Governo, através do Ministério da Administração Interna, certificou a intenção de encerrar as esquadras da Rua do Paraíso, da Rua João de Deus e da Praça Coronel Pacheco”.

“A que acresce o esclarecimento que o PCP obteve em Dezembro passado relativamente ao futuro da esquadra de Azevedo-Campanhã, no qual se afirma que este estabelecimento não é uma mais-valia”, acrescenta.

Para o PCP, “a concretização do encerramento” destas esquadras, “a par com a indefinição da abertura da sucessivamente prometida nova esquadra de Aldoar, vai-se traduzir num agravamento do sentimento de insegurança, assim como numa redução ainda maior dos efectivos e dos meios operacionais disponíveis”.

“O PCP denuncia ainda o papel cúmplice da Câmara Municipal do Porto neste processo, resultante do acordo da coligação municipal PSD/CDS com as decisões do Governo e traduzido na recusa em debater o assunto em reunião do Executivo Municipal, decisão abertamente assumida como forma de evitar a discussão pública desta matéria”, condenam.

O partido apela assim “às populações, comerciantes e forças vivas das zonas afectadas pelos encerramentos de esquadras para que se mobilizem na defesa da sua manutenção, reclamando do Governo o reforço dos meios ao dispor das forças de segurança e do policiamento de proximidade”.

Na opinião dos comunistas, “a fundamentação invocada pelo Governo de que estes encerramentos libertarão recursos e efectivos para o patrulhamento de rua, omite que esta medida apenas servirá para criar pretextos para novos cortes, no futuro próximo, suportados num suposto excesso de efectivos para a nova e mais reduzida rede de esquadras”.

“No que se refere aos meios materiais e humanos disponíveis nas forças de segurança, as decisões do Governo têm sido de proceder a cortes, conduzindo ao agravamento das carências existentes”, criticam.

Segundo o PCP, nas visitas que promoveu às esquadras do Porto “foi possível constatar o desinvestimento crescente por parte do Ministério da Administração Interna nos meios materiais e humanos da PSP, com redução de efectivos e de equipamentos fundamentais, como carros patrulha, a par com a degradação das instalações”.

“Estes encerramentos, caso venham a concretizar-se, devem ser enquadrados na vasta ofensiva em curso contra os serviços públicos e os direitos das populações e dos trabalhadores”, declaram.

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