Horas depois de a Comissão Europeia ter dado luz verde ao negócio, foi a vez do regulador dos EUA autorizar a compra da Motorola Mobility pelo Google.

A compra tem ainda de receber a autorização da China, Taiwan e Israel antes de avançar.

A Comissão Europeia foi a primeira a dar o aval ao negócio, mas disse que se manteria atenta à utilização que o Google fará do portefólio de patentes da Motorola.

Segundo declarações do comissário europeu para a Concorrência, o espanhol Joaquín Almunia, citado pela agência Reuters, a decisão de aprovar o negócio não significa que o regulador europeu não esteja “preocupado com a possibilidade de que, quando o Google for o dono do portefólio de patentes, possa abusar destas patentes, ligando algumas aos dispositivos Android”.

A intenção da compra da Motorola (uma das fabricantes de telemóveis com o sistema operativo Android, desenvolvido pelo Google) foi anunciada em Agosto. O negócio é de 12.500 milhões de dólares (9500 milhões de euros).

Uma das motivações do negócio são as patentes da Motorola, que poderão ser usadas pelo Google, nas frequentes disputas de propriedade intelectual no sector das tecnologias de comunicações móveis, contra empresas como a Apple e a Microsoft (que desenvolvem os principais sistemas rivais do Android) e fabricantes como a Nokia.

“Podemos ser obrigados a abrir alguns casos [de investigação] no futuro. Isso não é o suficiente para bloquear a fusão, mas estaremos vigilantes”, afirmou Almunia.