Pilotos da TAP desconvocam greves de Janeiro

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Pilotos da TAP tinham agendado dois períodos de greves (em Dezembro e Janeiro) Foto: Daniel Rocha

Depois de ter cancelado as paralisações de Dezembro, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) decidiu, em assembleia-geral, suspender os protestos marcados para 3, 4, 5 e 6 de Janeiro.

De acordo com um comunicado enviado às redacções, os pilotos tomaram esta decisão “em virtude dos compromissos assumidos pelo Governo” e “tendo em consideração da sua intervenção diligente junto da administração da TAP”.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) esteve hoje reunido em assembleia geral para decidir se mantinha o pré-aviso de greve para 3, 4, 5 e 6 de Janeiro. Uma reunião que foi agendada depois de o sindicato ter decidido suspender os protestos que estavam marcados para Dezembro, nos dias 9, 10, 11 e 12 deste mês.

No comunicado, o SPAC refere ainda que a actuação do Governo permitiu “desbloquear a resolução dos assuntos internos essenciais ao bom desempenho dos pilotos e ao restabelecimento de um bom clima laboral da empresa”.

Recorde-se que estes trabalhadores reivindicavam o cumprimento do Acordo de Empresa e queixavam-se de desigualdades salariais face às chefias. Além disso, exigiam ter maior envolvimento no processo de privatização da TAP, que está previsto para 2012.

Neste campo, os pilotos argumentam que têm direito a uma participação na empresa, que pode variar entre 10 e 20%, com base num acordo assinado em 1999, no qual abdicaram de aumentos e de ganhos de produtividade.

Foram as negociações com o Governo, nas vésperas da greve de Dezembro, que levaram ao cancelamento dos protestos, mas não se conhece, ainda, que contrapartidas foram oferecidas a estes trabalhadores.

No comunicado, o SPAC afirma que os pilotos mandaram a direcção do sindicato “para proceder às negociações com o Governo e com a TAP nos pressupostos que conduziram à desconvocação da greve [deste mês]”.

Deixam, no entanto, um aviso: “caso a direcção entenda que as partes não estão de boa-fé nessas negociações, os pilotos convocarão imediatamente uma greve com uma duração superior àquela que foi agora desconvocada”.

A TAP estima ter perdido mais de dez milhões de euros com as ameaças de paralisação, face à vaga de cancelamentos de reservas de passageiros que temiam ver os seus voos cancelados por causa da greve.

Notícia actualizada às 19h04
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