PIB manteve-se em 80% da média da UE no ano passado

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Foto: Carla Carvalho Tomás (arquivo)

O PIB por habitante em Paridades de Poder de Compra (PPC) manteve-se no ano passado em 80% da média da União Europeia (UE) em paridades de poder de compra, abaixo de Malta e a par da República Checa, segundo dados divulgados hoje pelo INE.

Portugal fica assim na 21ª posição numa lista de 37 países europeus, onde se incluem dez que não são membros da UE, liderada pelo Luxemburgo (272%), Noruega (181%) e Suíça (147%).

O PIB nacional por habitante PPC tem vindo a subir face à média da UE, o que pode resultar também de oscilações da média comunitária, que para efeito do cálculo destes índices é assumida como sendo cem em cada ano. Passou de 75% em 2004 para 77% em 2005, 78% em 2008 e 2009 e 80% em 2009 e no ano passado.

O valor português deste ano é o terceiro pior da zona euro, onde só supera o da Eslováquia (74%) e da Estónia (64%). Na UE, fica na 18ª posição, a par da República Checa.

Reflexo da diferente intensidade com que a crise desencadeada no final de 2008 se faz sentir nos vários países europeus, alguns apresentaram quedas mais significativas face à média. A Noruega passou de 192% em 2008 para 176% em 2009, mas recuperou para 181% no ano passado, um perfil idêntico ao dos outros países escandinavos e ao da Suíça.

Na Irlanda, houve uma queda abrupta entre 2007 e 2008, de 143% para 133% da média, baixando para 128% em 2009 e em 2010. Na Grécia, o impacto inicial não se fez sentir, com uma subida da 92% para 94% de 2008 para 2009, mas em 2010 houve uma queda para 90%. Em Itália e Espanha, houve quedas de três pontos percentuais no ano passado, para respectivamente 101% e 100%.

O Reino Unido caiu de 122% em 2005 para 111% em 2009, recuperando ligeiramente para 112% no ano passado. A Alemanha manteve-se estável em 116% entre 2006 e 2009, tendo subido para 118% em 2010. Em França os valores mantiveram-se relativamente estáveis, sendo de 108% em 2009 e 2010.

O indicador de PPC, utilizado para comparações de rendimentos entre países, é calculado pelo Eurostat para apresentar estimativas para os agregados da despesa ajustados das diferenças de preços relativos e para o estabelecimento das listas de regiões susceptíveis de beneficiarem dos Fundos Estruturais.

Notícia actualizada às 12h32
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