Médicos aconselham Horta Osório a interromper funções à frente do banco Lloyds

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António Horta Osório REUTERS

António Horta Osório, o banqueiro português que dirige, desde Março, o banco britânico Lloyds foi aconselhado pelos médicos a parar a sua actividade executiva, confirmou a administração da instituição.

Osório vai retirar-se temporariamente, para cumprir o conselho médico, mas poderá regressar às funções de presidente executivo do grupo ainda este ano. A edição online do jornal britânico Financial Times avançou que o português fora aconselhado a descansar após ter manifestado sinais de stress.O Lloyds confirmou apenas que Horta Osório “vai tirar uma licença temporária” de trabalho “por doença”, sem, contudo, especificar por quanto tempo é que o gestor estará de baixa médica. O jornal britânico admitia que Horta Osório possa afastar-se por seis meses, embora na mesma notícia um colaborador seu garanta o regresso de Osório até ao final de 2011. “Ele está muito cansado devido ao excesso de trabalho”, referiu a mesma fonte.

A ausência de Osório à frente da instituição financeira acontece meses depois de o português ter assumido a presidência do maior banco britânico (e o oitavo maior do mundo). Na altura, a escolha foi assinalada pela comunicação social nacional como uma promoção pessoal, até aproveitada para exemplificar os méritos do país.

Desde a sua entrada à frente da instituição, Osório aplicou um programa de reestruturação que levou ao corte de 15 mil postos de trabalho e à venda de 630 balcões da sua actividade de retalho bancário. Em meados de Outubro, o banco viu o seu rating cortado em dois níveis (de AA- para A) pela agência de notação financeira Fitch, tendo por base o argumento de que o banco, como outros visados pela agência, têm da parte do Governo menos “suporte implícito” em caso de precisarem de assistência extraordinária.

Notícia actualizada às 16h44
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