Merkel rejeita novas medidas para estimular economias da zona euro

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A chanceler lamentou que não se tenha conseguido fazer regulação “suficiente” no sector bancário Tobias Schwarz/Reuters

A chanceler alemã, Angela Merkel, rejeitou hoje a adopção de novas medidas para combater a instabilidade das economias da zona euro, garantindo que a crise não é da moeda única mas sim da dívida.

A única forma de combater a crise pela qual a Europa atravessa é chegando “à raiz do problema” e pondo em ordem as finanças públicas e as economias dos países afectados, disse num discurso a propósito do Dia da Indústria Alemã. “Não estamos disponíveis” para novas iniciativas nesse sentido, afirmou na cerimónia onde estavam presentes vários empresários alemães e o primeiro-ministro grego.

A chanceler lamentou que não se tenha conseguido fazer regulação “suficiente” no sector bancário e nos mercados e deu como exemplo a Espanha ao defender a inclusão de um limite ao endividamento nas Constituições dos países da UE. Reiterando a sua oposição a novos estímulos para combater a desaceleração na economia global, Merkel considera “uma má ideia combater a dívida com novas dívidas”.

Os Estados Unidos têm apelado repetidamente aos europeus para que estimulem as suas economias, mas a Alemanha tem rejeitado a ideia, destacando antes necessidade de corrigir as finanças públicas.

Os grandes défices e dívidas de alguns países da zona euro - como a Grécia, a Irlanda e Portugal - mas também dos Estados Unidos estão na base da crise actual, o que a chanceler considerou ser uma “terceira fase”, depois da crise financeira e da crise económica, que começou em 2008.

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