Merkel sugere perda de soberania para quem não cumprir critérios de estabilidade
“Quem não cumprir, tem de ser obrigado a cumprir”, afirmou a chefe do governo alemão, sugerindo ainda alterações aos tratados europeus para que os países prevaricadores possam ser processados no tribunal europeu de justiça, se necessário.
O Tratado de Maastricht impõe um limite de três por cento para o défice orçamental e um limite máximo de endividamento de 60 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) aos países da União Europeia.
Portugal por exemplo, teve um défice orçamental de 9,1 por cento em 2010, que tenciona baixar para 5,9 por cento este ano, e traçou a meta de voltar a cumprir o limite de três por cento em 2013.
Já hoje, o governador do banco central da Áustria, Ewald Nowotny, veio lamentar as tendências proteccionistas que se têm feito sentir na Alemanha, onde a vontade de se envolver com o euro “diminuiu nitidamente”.
Nowotny, que faz também parte do conselho de governadores do Banco Central Europeu, disse ainda, numa entrevista publicada hoje num jornal austríaco e citada apela AFP, que as medidas de ajuda à zona euro progridem lentamente porque devem ser tomadas decisões políticas e que “o país mais sensível a este respeito é a Alemanha, que beneficiou enormemente do euro”.