EUA: Giffords aparece de surpresa para votar no Congresso

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Giffords entre um autêntico mar de congressistas que a quis saudar Reuters

A congressista democrata Gabrielle Giffords apareceu ontem pela primeira vez em público depois de ter sido vítima de um ataque a tiro há sete meses, entrando de surpresa na Câmara onde era votada a subida do limite do endividamento dos Estados Unidos.

Faltavam minutos para acabar a votação quando Giffords entrou na Câmara dos Representantes, provocando grande comoção e um forte aplauso.

Ainda ninguém sabia que a democrata ia estar presente, um comunicado seu foi emitido apenas depois. “Segui atentamente o debate sobre a subida do limite do nosso endividamento e tenho estado muito desapontada pelo que se está a passar em Washington”, disse Giffords na declaração. “Acredito fortemente que um entendimento entre os dois lados [republicano e democrata] para o bem do povo americano é mais importante do que a política partidária. Tinha de estar aqui para esta votação. Não podia arriscar-me a que a minha ausência pudesse deitar a perder a nossa economia”.

Giffords tem atravessado um longo processo de recuperação, com várias cirurgias ao crânio e intensa reabilitação, depois de ter sido atingida por um tiro disparado de perto numa acção em Tucson, Arizona, em Janeiro. Até agora tinham sido divulgadas apenas duas imagens da congressista, uma delas junto com a mãe, em Junho, fotografias que tinham sido tiradas um mês antes e mostravam uma Gabrielle Giffords diferente, de óculos e cabelo bem curto.

O regresso de "uma heroína"

Ontem, apesar de só faltarem dois minutos para terminar o quarto de hora destinado à votação quando Giffords entrou, ainda de modo cauteloso e com óbvias dificuldades a andar, o Congresso em peso parou. Giffords votou, cumprimentou a líder democrata no Congresso Nancy Pelosi, votou, e foi depois saudada por uma multidão de congressistas. “Foi um dos momentos mais fascinantes para todos ver esta verdadeira heroína voltar à Câmara”, disse Nancy Pelosi, “e numa altura tão dramática”. A subida do limite do endividamento passou com 269 votos a favor e 161 contra.

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