Eléctrico Nissan Leaf considerado dos melhores carros para grandes e médias empresas

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O ponto fraco do Nissan Leaf continua a ser a sua autonomia Toru Hanai/ Reuters

Não estava a concurso e só foi testado para um estudo da LeasePlan, empresa de aluguer de veículos e gestão de frotas para grandes e médias empresas. Mas o Nissan Leaf surpreendeu pela positiva conseguindo concorrer com veículos de combustão interna e terminar num hipotético terceiro lugar do concurso “Carro Frota 2011”.

O vencedor foi o Volkswagen Golf, eleito por um júri composto por responsáveis de empresas com frotas superiores a 2500 carros.

Após dois dias de teste aos seis modelos em competição, acrescentando os dois estudos realizados pela LeasePlan, o eléctrico Nissan Leaf e o híbrido “Plug-in” Toyota Prius, o “Carro Frota 2011” foi encontrado: o Volkswagen Golf arrecadou o lugar mais alto do pódio, entre os modelos Citroen C4, Opel Astra, Peugeot 308, Seat Leon e Ford Focus.

Nos vários parâmetros em que os carros foram testados, o Nissan Leaf ocupou o primeiro lugar em critérios técnicos como a apreciação do motor, comodidade, condução, climatização, ruído, espaço para o condutor e desempenho. Ficaria em segunda e terceira posição nos parâmetros de conforto e segurança, respectivamente.

“Surpreendente” foi a palavra que José Pedro Campos Pereira, director comercial da LeasePlan Portugal, usou para qualificar a “terceira virtual posição” do carro eléctrico no meio de automóveis de combustão “normal”. “O Nissan Leaf só não ficou mais bem posicionado devido ao ainda grande handicap, a bateria”. Assim concordaram os responsáveis das empresas Nestlé, Aviludo, Estoril Sol, Brisa, Laboratório Bial, Zon e Reditus, que compunham o júri.

A autonomia anunciada ronda apenas os 100 quilómetros em “ambiente real”, isto porque na teoria está feita para aguentar até 160 quilómetros antes de recarregar a bateria. Aliada a este facto também está a falta de disponibilidade de postos de carregamento.

Outro obstáculo à aceitação deste modelo pelas grandes e pequenas empresas é a sua depreciação: a bateria, ao longo dos anos, corre o risco de ficar “viciada” e, em vez de fazer 100 quilómetros, pode percorre apenas 80 ou 50. Aliás, a bateria de um eléctrico tem duração de cerca de cinco anos.

Devido a estes obstáculos, o custo total de utilização do veículo (TCO – Total Cost of Ownership) é mais elevado do que a maioria dos carros usados pelas grandes e médias empresas, segundo as conclusões da LeasePlan. Para colmatar este custo, a carga fiscal sobre os eléctricos é substancialmente mais baixa e representa apenas 19 por cento do TCO, contra os 34 por cento dos carros de motor de combustão interna.

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