Ministra do Ambiente diz que década de programa Polis fez as cidades “mais atractivas”

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A ministra garantiu que todas as áreas que careciam de intervenção foram desenvolvidas com o Polis Nelson Garrido

O programa Polis, que arrancou há dez anos nas zonas mais degradas de várias localidades, tornou as cidades “mais atractivas” e teve um efeito “multiplicador”, disse a ministra do Ambiente, na conclusão de investimentos do programa na Marinha Grande.

“A iniciativa Polis [Programa de Requalificação Urbana e Valorização Ambiental de Cidades] teve um efeito de arrasto e eu visitei algumas cidades em que obras Polis depois conduziram as autarquias e os privados a investirem eles próprios dentro do mesmo espírito em recuperação de zonas adjacentes”, afirmou Dulce Pássaro, considerando o programa uma “decisão inspirada”.

“Todas as áreas que careciam de uma intervenção integrada, com participação do Estado, foram desenvolvidas com esta iniciativa Polis”, garantiu.

Na cerimónia, que antecedeu a plantação de árvores no último dos espaços recuperados no âmbito do Polis na Marinha Grande, a ministra salientou que é possível “recuperar o que está mal e que resultou de más práticas e de modelos de desenvolvimento que tinham menos em conta a importância da sustentabilidade e o conceito de qualidade de vida”.

Dulce Pássaro adiantou que o modelo de implementação do programa Polis tem continuidade no litoral e nos rios, reconhecendo, no caso do Polis Rios, que “a principal dificuldade está na montagem do pacote financeiro no actual contexto”. “Não tendo condições para desenvolver o projecto com a celeridade que gostaríamos, não o vamos deixar cair porque ele é prioritário”, garantiu.

Na Marinha Grande, o Polis contemplou um investimento de oito milhões de euros, em 19 hectares e permitiu a recuperação da ribeira das Bernardas e a criação de novos espaços verdes, de lazer e desportivos. Os trabalhos começaram em 2001 e culminaram ontem na inauguração do Parque das Bernardas.

“O espaço público foi devolvido à cidade”, sintetizou Álvaro Pereira, presidente da Câmara da Marinha Grande, acreditando que todas as obras Polis “incrementaram a atractividade e competitividade” da Marinha Grande. À população o autarca pediu para que zele pelos espaços, “exercendo uma constante e vigilante censura social” para que no futuro todos possam deles beneficiar.

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