Mark Zuckerberg doa mais de metade da sua fortuna a projectos filantrópicos

Foto
De acordo com a revista “Forbes”, estima-se que a fortuna de Mark Zuckerberg ascenda aos 6,9 mil milhões de dólares Reuters

Aos 26 anos, o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, é um dos mais jovens multi-milionários do mundo. A sua fortuna pessoal está avaliada em mais de seis mil milhões de dólares, metade da qual será doada a projectos filantrópicos e de solidariedade, soube-se hoje.

O jovem norte-americano aceitou o desafio Giving Pledge - iniciado pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, e pelo investidor americano Warren Buffet - que criaram este movimento esperando que os mais ricos deste Mundo prefiram usar o seu dinheiro para ajudar os outros em vez de, simplesmente, o deixarem aos seus herdeiros.

De acordo com a revista “Forbes”, estima-se que a fortuna de Mark Zuckerberg ascenda aos 6,9 mil milhões de dólares, o que o coloca na 35ª posição na lista dos americanos mais ricos.

Esta não é a primeira vez que Zuckerberg decide doar dinheiro a projectos de filantropia. No início deste ano, o criador da rede social mais “populosa” do mundo - com mais de 500 milhões de utilizadores - já doou 100 milhões de dólares às escolas públicas de Newark, tendo como intuito ajudar a recuperar o sistema de ensino público, tal como explicou a Oprah Winfrey quando se sentou no seu sofá, numa entrevista recente.

Esta iniciativa Giving Pledge eleva, porém, a filantropia a todo um novo patamar. Ao lado de figuras como Warren Buffet, Bill Gates, o realizador George Lucas, o presidente da câmara de Nova Iorque Michael Bloomberg e o criador da CNN Ted Turner, ao assinar este “manifesto” Mark Zuckerberg compromete-se a entregar mais de metade da sua fortuna a projectos de solidariedade e filantropia ainda em vida.

Num comunicado oficial, Zuckerberg explicou a sua decisão: “As pessoas esperam até quase ao final das suas carreiras para retribuir. Mas porquê esperar quando ainda há tanto a fazer? Com uma geração de jovens que alcançaram o sucesso nas suas empresas, há uma grande oportunidade para muitos de nós começarmos a retribuir ainda no início das nossas vidas e vermos o impacto dos nossos esforços filantrópicos”, disse.

A iniciativa Giving Pledge começou depois de Warren Buffet ter percebido que muitos dos herdeiros de grandes fortunas acabam por não fazer nada a não ser gastar a fortuna deixada pelos seus pais ou antepassados, uma ideia que saiu reforçada após a leitura do livro "The Gospel of Wealth”, da autoria de Andrew Carnegie, que fez fortuna na indústria do aço, indica o “The Wall Steeet Journal”.

No ano passado, Gates e a sua mulher Melinda - bem como Buffet e outras individualidades que se juntaram logo de início ao grupo - levaram a cabo uma série de jantares para explicarem o conceito do movimento, o que desembocou na apresentação pública do Giving Pledge e dos seus assinantes fundadores, em Junho último. Alguns críticos disseram que tudo não se passava de um golpe publicitário, mas um dos seus membros, Peter Singer - professor de bioética em Princeton - disse então que, por detrás da declaração pública do movimento estava a premissa “a solidariedade é contagiosa”. “Estudos mostram que quando as pessoas sabem que outros estão a dar [dinheiro], elas ficam mais dispostas a darem também”, disse Singer. “Isto é verdade para os bilionários e para todos aqueles que não estão nem perto desse nível de riqueza. Todos podemos fazer a diferença e desempenhar o nosso papel em tornar o Mundo num lugar melhor”, disse Singer, citado pela CBS.

Sugerir correcção
Comentar