Acções da General Motors disparam no regresso à bolsa

As acções da General Motors subiram hoje sete por cento nos primeiros momentos após a abertura de Wall Street, impulsionadas pela procura dos investidores na oferta pública de venda inicial (ou IPO, de initial public offering) do segundo maior fabricante mundial automóvel.

Na abertura da sessão, o tradicional toque de sino foi substituído pelo acelerar do motor de um Camaro, no chão da bolsa de Nova Iorque, para assinalar aquele que se pode transformar no maior IPO desde sempre. Pelas 17h00 (hora de Lisboa), o título estava em alta de 6,48 por cento.

A General Motors, que passou a ser conhecida por Government Motors quando a administração Obama correu em socorro da empresa há um ano e meio e injectou 50 mil milhões de dólares, vai vender para já entre 20 a 30 por cento do capital. Até este momento, o Tesouro norte-americano detinha 61 por cento da companhia.

Com base no valor das acções ordinárias e preferenciais que foram lançadas nas bolsas de Nova Iorque e de Toronto, o montante arrecadado rondará 20,1 mil milhões de dólares.

No entanto, se os subscritores da operação em bolsa exercerem uma opção que lhes permite vender mais do que previsto, dependendo da procura, a companhia irá conseguir 23,1 mil milhões de dólares, transformando este IPO no maior desde sempre. O recorde é actualmente detido pela Agricultural Bank of China, que juntou 22,1 mil milhões de dólares em Julho passado.

“É um grande dia para [a General Motors] se tornar novamente uma companhia cotada, mas nós aqui temos de assegurar que todos os dias as coisas são bem feitas a nível de produto”, disse o presidente da GM para a América do Norte, Mark Reuss.

O objectivo do maior fabricante automóvel dos EUA, de acordo com o administrador para a área financeira, Chris Lidell, será agora liquidar a dívida que resta e tapar o buraco do fundo de pensões – esse tem sido um dos principais receios dos investidores que participam nesta operação em bolsa.

“Estamos numa boa posição para conseguirmos durante os próximos anos”, disse Lidell, citado pela Reuters.

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