Portugal Telecom retira participação na Guiné Telecom e Guinetel

O Governo da Guiné-Bissau anunciou, em comunicado, a retirada dos accionistas pertencentes ao Grupo Portugal Telecom das empresas estatais guineenses Guiné Telecom e Guinetel.

“A ministra da Economia informou o Conselho de Ministros sobre a evolução das negociações que culminaram, na base de um acordo amigável, na cedência das acções detidas pela PT Comunicações SA e representativas de 40 por cento do capital social da Guiné Telecom e das acções detidas pela PT Investimentos Internacionais, representativas de 55 por cento do capital social da Guinetel”, refere o Governo guineense, em comunicado hoje divulgado.

Segundo o documento, a ministra da Economia, Helena Embalo, informou que prosseguem “diligências adicionais, que já estão a ser promovidas pela Secretaria de Estado dos Transportes e Comunicações”.

O documento sublinha que o primeiro-ministro guineense se congratulou com a “conclusão da negociação, tendo sublinhado que, devido a vicissitudes várias, a evolução sofrida por essas empresas nos últimos anos gerou entre as partes accionistas alguma incompreensão e bloqueio”.

Situação que, adianta o comunicado, “urgia ultrapassar, através do estabelecimento de uma via de diálogo capaz de promover um relacionamento saudável e contribuir para o desejável equilíbrio dos interesses em presença”.

A Guiné Telecom foi criada há 19 anos, após um acordo entre a Portugal Telecom (40 por cento do capital social), o Estado guineense (50 por cento) e os funcionários (10 por cento).

Desde 2004, que a Guiné Telecom enfrenta dificuldades técnicas e financeiras, decorrentes de falta de investimentos e da quebra de receitas.

Em Março de 2008, a PT e o Estado guineense encetaram negociações para a viabilidade da empresa, mas não chegaram a acordo.

A PT alega falta de condições para realizar investimentos na Guiné Telecom pelo facto de o Estado guineense ter uma dívida com a empresa de cerca de 30 milhões de euros.

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