O presidente executivo da Microsoft, Steve Ballmer, disse estar confiante que o novo sistema operativo para telemóveis vai ajudar a recuperar quota de mercado, dias depois de a Goldman Sachs ter desvalorizado as acções da empresa.

A maior empresa de software do mundo vai lançar o Windows Phone 7 em Nova Iorque, na segunda-feira, para tentar recuperar o terreno perdido para o iPhone, da Apple, os BlackBerry, da Research in Motion, e a plataforma Android, da Google.

“Estamos entusiasmados por poder lançar o Windows Phone 7. Achamos que temos ideias únicas e uma perspectiva única”, disse Balmer numa conferência em Madrid, quando questionado sobre se o novo sistema ajudaria a empresa a recuperar neste mercado.

“Acho que os nossos produtos se vão destacar quando comparados com outros. Não estaríamos a lançar um produto, se não sentíssemos que tinha hipóteses de ser bem-sucedido”.

Esta segunda-feira, a Goldman Sachs desceu a recomendação sobre as acções da Microsoft – que passaram de “compra” a “neutro” –, afirmando que as receitas continuarão sob pressão até que a companhia consiga ter um pé mais firme no terreno dos smartphones e dos computadores tablet.

Sem precisar datas, Ballmer acrescentou que tablets com Windows estarão no mercado assim que estiverem prontos (a HP queria lançar um ainda este ano, mas adiou o projecto). “Continuarão a ver-nos a levar o Windows para novos formatos”.

Segundo a empresa de análise Gartner, a quota da Microsoft no mercado mundial de sistemas operativos para dispositivos móveis vai este ano cair para os 4,7 por cento, uma descida significativa em relação aos 8,7 por cento registados no ano passado.

Ainda em Junho, a Microsoft descontinuou o Kin, uma gama de telemóveis dirigidos a jovens e que tinha sido mostrada apenas dois meses antes.

Na semana passada, o Wall Street Journal noticiou que a Microsoft vai mostrar na segunda-feira três smartphones com o Windows Phone 7, fabricados pela Samsung, LG e HTC – todas têm também modelos com o sistema Android.