BCP viabiliza proposta para recuperar Papelaria Fernandes

“Foi me hoje comunicado que o BCP tinha votado favoravelmente na proposta do grupo liderado pelo senhor José Morgado Henriques e tinha-se abstido na proposta do grupo liderado pelo senhor Rui Delgado”, indicou Carlos Cintra Torres.

“Neste momento pode-se dizer que a proposta do senhor José Morgado Henriques foi aprovada. O contrato vai ser celebrado agora nos próximos tempos. Há um prazo previsto de um mês, até ao final do mês de Janeiro”, afirmou o administrador de insolvência, acrescentando que irá então ser celebrado “um contrato de cessão de exploração dos activos e direitos do grupo Papelaria Fernandes”.

O responsável demonstrou ainda a sua “satisfação” pela resolução do processo, independentemente do grupo que ganhou, depois de “meses difíceis de negociações”.

“Estou satisfeito porque finalmente se pode avançar no sentido da recuperação da Papelaria Fernandes”, afirmou, sublinhando que o desfecho é “positivo”.

O objectivo, da celebração do contrato até ao final do mês de Janeiro, ficou definido em assembleia de credores, que se realizou a 15 de Dezembro.

As duas propostas relativas ao plano de insolvência, classificadas pelos credores como “quase gémeas” e propunham um prazo de 20 anos para abater a massa insolvente, com a promessa de recuperar financeira o grupo.

As diferenças residem na manutenção dos postos de trabalho dos funcionários do grupo, já que apenas uma proposta estabelecia essa garantia.

A proposta vencedora, representada por José Morgado Henriques, assegura 80 por cento dos lugares, e garante a manutenção das 20 lojas e até a sua expansão, enquanto que a proposta vencida, defendida por Rui Delgado, propunha a redução de dois estabelecimentos e a abertura de duas lojas substitutas em Leiria e Évora.