Alemanha: Merkel acordo de coligação com liberais inclui descida de impostos

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O líder do FDP, Guido Westerwelle, Philipp Roesler, novo ministro da Saúde, e a chanceler alemã Tobias Schwarz/Reuters

A chanceler alemã, Angela Merkel, da União da Democracia Cristã (CDU, conservadora), apresentou hoje o seu novo acordo de coligação, desta vez com os liberais (FDP), de modo a que seja formado um Governo de centro-direita.

Depois de mais de 12 horas de conversações com o líder do FDP, Guido Westerwelle, a chanceler declarou que este acordo demonstra que a Alemanha pode olhar com confiança para o futuro: "Creio que faremos uma boa equipa".

A Democracia Cristã de Merkel, o seu ramo bávaro União Cristã Social (CSU) e o FDP cimentaram assim a prevista coligação pós-eleitoral, um mês depois das legislativas, e o novo Governo deverá tomar posse na próxima semana.

Os pontos principais do acordo são 24.000 milhões de euros em redução de impostos, uma remodelação do financiamento para os serviços de saúde e uma redução do serviço militar obrigatório de nove para seis meses.

Westerwelle, muito bem visto nos meios empresariais, foi designado vice-chanceler e ficará, além disso, como ministro dos Negócios Estrangeiros, substituindo Frank-Walter Steinmeier, cujo Partido Social Democrata (SPD) foi derrotado nas legislativas de 27 de Setembro.

O ministro da Economia, Karl-Theodor zu Guttenberg, substitui Franz Josef Jung na Defesa, enquanto o ministro cessante do Interior, Wolfgand Schaeuble, passa para as Finanças.

O novo gabinete de 16 elementos apresenta nove caras novas, entre elas Philipp Roesler, médico nascido no Vietname e adoptado em criança por um casal alemão. Vai-lhe caber a pasta da Saúde.

Merkel considerou que esta coligação entre democratas cristãos e liberais "resolverá com bravura os problemas que se nos deparam". E Westerwelle declarou, em conferência de imprensa conjunta, que o acordo alcançado ao fim da madrugada foi "um grande passo para o país".

Os parceiros que constituem a nova aliança efectuam amanhã e depois congressos para aprovar o acordo estabelecido pelas cúpulas. O Parlamento deverá reeleger Merkel na quarta-feira, para a chefia do Governo, e logo a seguir este tomará posse.

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