Primeiras legislativas no Turquemenistão não vão além de uma só lista partidária

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O Turquemenistão é um dos países mais repressivos do mundo David Mdzinarishvili/Reuters

As eleições legislativas que chamaram hoje quase três milhões de eleitores às urnas no Turquemenistão não tiveram mais para oferecer como escolha do que a lista do Partido Democrata – o único legalmente registado no país – e uma mão cheia de independentes previamente aprovados pelas autoridades.

O sufrágio é apresentado pelo Governo como um passo em direcção à democracia nesta antiga república soviética e um sinal de quebra do isolamento que o país, riquíssimo em hidrocarbonetos, sofreu durante o regime ditatorial de Saparmurat Niazov (1990-2006).

São, com efeito, as primeiras eleições legislativas no Turquemenistão, promovidas pelo Presidente, Gurbanguli Berdimukhammedov, que chegou ao poder em Dezembro de 2006, após a morte de Niazov. São também as primeiras que contam com a presença dos monitores eleitorais da Organização de Segurança e Cooperação na Europa.

Perto de três milhões de pessoas, de uma população de 6,7 milhões – desde os nómadas que se movimentam a camelo pela fronteira arenosa do país com o Irão até aos habitantes dos vastos campos de gás natural do este – podiam votar e, segundo as autoridades, registava-se uma participação de 88 por cento nas primeiras oito horas de voto. A Comissão Eleitoral tem dez dias para anunciar os resultados.

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