Primeiras legislativas no Turquemenistão não vão além de uma só lista partidária
As eleições legislativas que chamaram hoje quase três milhões de eleitores às urnas no Turquemenistão não tiveram mais para oferecer como escolha do que a lista do Partido Democrata – o único legalmente registado no país – e uma mão cheia de independentes previamente aprovados pelas autoridades.
O sufrágio é apresentado pelo Governo como um passo em direcção à democracia nesta antiga república soviética e um sinal de quebra do isolamento que o país, riquíssimo em hidrocarbonetos, sofreu durante o regime ditatorial de Saparmurat Niazov (1990-2006).
São, com efeito, as primeiras eleições legislativas no Turquemenistão, promovidas pelo Presidente, Gurbanguli Berdimukhammedov, que chegou ao poder em Dezembro de 2006, após a morte de Niazov. São também as primeiras que contam com a presença dos monitores eleitorais da Organização de Segurança e Cooperação na Europa.
Perto de três milhões de pessoas, de uma população de 6,7 milhões – desde os nómadas que se movimentam a camelo pela fronteira arenosa do país com o Irão até aos habitantes dos vastos campos de gás natural do este – podiam votar e, segundo as autoridades, registava-se uma participação de 88 por cento nas primeiras oito horas de voto. A Comissão Eleitoral tem dez dias para anunciar os resultados.