Manuel Pinho optimista sobre capacidade das PME portuguesas resistirem à crise

Manuel Pinho deu o exemplo da Venezuela, onde as PME concretizaram acordos de 400 milhões de euros
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Manuel Pinho deu o exemplo da Venezuela, onde as PME concretizaram acordos de 400 milhões de euros Adriano Miranda (arquivo)
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O ministro da Economia mostrou-se hoje, no Luxemburgo, optimista sobre a capacidade de as pequenas e médias empresas (PME) nacionais resistirem à actual situação de forte desaceleração económica, e mesmo recessão, de alguns parceiros comerciais portugueses.

"Mais do que nunca é necessário estarmos próximos das PME para problemas concretos termos soluções concretas", disse Manuel Pinho no final de uma reunião dos ministros dos 27 responsáveis pela Energia.

O responsável governamental deu como exemplo de medidas concretas que o Governo está a tomar para apoiar o tecido empresarial português a baixa no Imposto sobre o Rendimento das Companhias (IRC) e a criação de uma linha de crédito de mil milhões de euros a uma taxa abaixo da Euribor, medidas anunciadas quarta-feira pelo primeiro-ministro no Parlamento.

Manuel Pinho chegou ao Luxemburgo depois de ter estado durante os últimos dias na Venezuela onde foram assinados contratos entre PME portuguesas e empresas daquele país que totalizaram mais de 400 milhões de euros em projectos na área logística e montagem de rede de supermercados.

Para o ministro da Economia, esta forma de diplomacia económica "muito activa" já deu resultados em Angola e na Argélia, tratando-se agora de dar seguimento na Venezuela. "A palavra [de ordem] é proximidade das PME e responsabilidade nas políticas", resumiu Manuel Pinho.

O cenário macroeconómico internacional está a degradar-se a cada dia que passa. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que as economias mais avançadas apresentem crescimentos praticamente nulos no próximo ano, com a Zona Euro a crescer 0,2 por cento, ao ritmo mais baixo desde a sua criação.

"As economias avançadas devem estar próximas ou mesmo em recessão na segunda metade de 2008 e no início de 2009", segundo previsão divulgadas quarta-feira, antecipando o FMI a recuperação apenas a partir da segunda metade do próximo ano.

Na Zona Euro, o cenário é de quase estagnação no próximo ano (com uma expansão de 0,2 por cento), após um crescimento de 1,3 por cento para 2008, valor este que representa metade do ritmo verificado em 2007.

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