Extrema-direita: Mário Machado condenado a quatro anos e dez meses de prisão efectiva

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Mário Machado é apontado como líder do grupo Hammerskins em Portugal Miguel Madeira

O Tribunal de Monsanto, em Lisboa, condenou hoje Mário Machado a quatro anos e dez meses de prisão efectiva, nomeadamente pelo crime de discriminação racial. Machado é apontado como líder do grupo Hammerskins em Portugal, conotado como de extrema-direita.

O acórdão do julgamento de Mário Machado, conotado com a extrema direita, refere que foi também condenado pelos crimes de coacção agravada, detenção de arma ilegal, ameaça, dano e ofensa à integridade física qualificada. A leitura do acórdão do julgamento de Machado e de outros 35 arguidos acusados de discriminação racial decorreu no Tribunal de Monsanto.

Além de Mário Machado, foram também condenados a penas de prisão efectivas os arguidos Rui Veríssimo, Paulo Maia, Paulo Lama, Pedro Isac e Alexandre Dias.

O PÚBLICO sabe que Mário Machado, Nuno Temudo e Nelson Pereira já tinham sido condenados pelo homícidio de Alcino Monteiro, cidadão português de origem cabo-verdiana, assassinado no Bairro Alto, em Lisboa, no dia 10 de Junho de 1995.

O acordão ditou seis penas de prisão efectiva, cinco absolvições e 17 penas suspensas, ficando os restantes arguidos obrigados ao pagamento de multas.

O advogado de Mário Machado já anunciou que vai recorrer da sentença.

Os 36 arguidos, conotados com o movimento "skinhead", foram pronunciados a 29 de Novembro de 2007 pelo crime de discriminação racial e outras infracções conexas, incluindo agressões, sequestro e posse ilegal de armas, após uma investigação da Direcção Central de Combate ao Bandistismo (DCCB) da Polícia Judiciária, sob a direcção do Ministério Público.

Durante as buscas realizadas pela DCCB, na fase de investigação, foram apreendidas diversas armas de fogo, munições, armas brancas, soqueiras, mocas, batões, tacos de basebol e diversa propaganada de carácter racista, xenófobo e anti-semita.

*actualizada às 13h45

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