OMC: proteccionismo não é resposta para a crise financeira

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Para Pascal Lamy o proteccionismo piora a situação da economia Francois Lenoir/Reuters

A crise financeira não deve minar os esforços feitos para abrir a economia mundial, defendeu hoje o director-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Pascal Lamy afirmou que a lição a tirar da Grande Depressão, que se seguiu ao "crash" da bolsa de 1929, é que o proteccionismo piora a situação da economia. “O furacão que atingiu os mercados financeiros não deve distrair a comunidade internacional do objectivo de conseguir uma maior integração e abertura económicas”, defendeu num fórum público da OMC.

Outra das ideias deixadas por Lamy é que “em tempo de crise financeira e de instabilidade económica, quando há uma escalada dos preços dos bens alimentares, do que os consumidores empobrecidos realmente precisam é de ver o seu poder de compra aumentado e não reduzido”.

O líder da OMC disse ainda que era importante completar as Rondas de Doha, que começaram em 2001 e tinham como objectivo abrir a economia mundial e ajudar os países em vias de desenvolvimento a exportar mais.

Num ponto da situação das conversações de Doha, Lamy disse que os diplomatas estão a tentar delinear um acordo sobre tarifas e subsídios agrícolas e industriais, depois de os ministros não terem conseguido chegar a acordo sobre a redução dos entraves alfandegários no passado mês de Julho.

O novo objectivo das conversações era chegar a acordo sobre estes dois pilares até ao fim do ano, explicou Lamy, que na semana passada declarou estar preparado para trazer novamente os ministros a Genebra e retomar as negociações.

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