Quercus considera “excessivas” as mais de 15 mil camas previstas para o Tróia Resort

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A Quercus lembra a falta de preservação dos habitat naturais como as dunas e o sapal Nuno Ferreira Santos

Ouvida pela TSF, Carla Graça, do núcleo de Setúbal da Quercus, diz que o “projecto não acautela devidamente ao nível da circulação o estacionamento e quanto às infra-estruturas a recepção à população flutuante”.

Além disso, a Quercus receia os impactos na população de golfinhos-roazes. “Com a introdução da Marina na zona antiga do cais dos ferrys e com a deslocação deste cais para uma área que interfere com a rota de alimentação dos golfinhos vai ter algumas consequências que consideramos graves”, explicou.

A Quercus apresentou uma queixa à União Europeia por considerar que está a ser violada a protecção aos roazes do estuário do Sado e lembra que o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade tem em curso um plano de salvaguarda destes golfinhos.

Carla Graça lembrou ainda a falta de preservação dos habitat naturais como as dunas e o sapal.

O empreendimento turístico será inaugurado por Belmiro de Azevedo, presidente do conselho de administração do Grupo Sonae e Manuel Pinho, ministro da Economia, no dia em que se assinala o terceiro aniversário da implosão das duas torres do antigo complexo turístico.

Com um investimento de cerca de 350 milhões de euros, o novo complexo inclui um casino e um centro de congressos, dois hotéis de cinco estrelas, apart-hotéis, um centro equestre, zona desportiva e uma marina. Para além dos equipamentos hoteleiros, um edifício central agrupará diversos serviços, como é o caso de uma estação de correios, restaurantes e um supermercado. Já próximo das praias encontra-se em construção um núcleo de moradias.

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