Assaltante do BES ferido em prisão preventiva provisória a partir de hoje

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O assaltante ferido é acusado de cinco crimes de sequestro agravado e roubo de forma tentada PÚBLICO

O assaltante da dependência do BES de Campolide, em Lisboa, que ficou gravemente ferido durante a operação de resgate de reféns na passada quinta-feira encontra-se desde hoje em prisão preventiva provisória.

O cidadão brasileiro de 23 anos está internado na Unidade de Neurologia do Hospital de São José, em Lisboa, com ferimentos graves, desde anteontem. Devido à sua situação clínica ainda não foi ouvido por nenhum juiz.

Fonte ligada ao processo avançou à Lusa que uma juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou a prisão preventiva, mas de forma provisória, dado que "por questões objectivas de saúde não pôde interrogar o arguido, não tendo sido cumprido o princípio do contraditório".

Assim, logo que o cidadão brasileiro esteja em condições de saúde para se deslocar ao tribunal será interrogado por um juiz de instrução criminal que "decidirá se mantém a prisão preventiva ou altera a medida de coação".

O Ministério Público acusa o indivíduo de cinco crimes de sequestro agravado e roubo de forma tentada, crimes que, segundo a mesma fonte, a serem provados, podem dar uma pena de prisão que vai dos dez aos 12 anos.

Apesar de o cidadão ser brasileiro, os factos de que é acusado ocorreram em Portugal, pelo que vai ser julgado em território nacional.

Assalto terminou com morte de um dos homens

O assalto à dependência do BES de Campolide terminou na noite de quinta-feira com a morte de um dos assaltantes, ferimentos graves num outro e a libertação dos dois reféns. No início do assalto, eram seis as pessoas mantidas no interior do banco. Quatro saíram durante as negociações com a polícia.

Os assaltantes entraram às 15h05 no interior da dependência do BES, na Rua Marquês da Fronteira, tendo o alerta sido dado por uma mulher que estava a levantar dinheiro na caixa multibanco.

Após várias horas de negociações sem sucesso, os dois homens aproximaram-se da porta do banco com os dois reféns, uma situação que ficou sem explicações por parte da polícia. “Não sabemos explicar essa circunstância. Foi uma iniciativa dos sequestradores”, adiantou o director nacional da PSP.

As exigências que foram feitas pelos dois homens não foram reveladas, mas a polícia informou que pretendiam fugir numa viatura com os reféns.

Às 23h23, ouviram-se tiros disparados por "snipers" e, segundos depois, os dois reféns conseguiam fugir. Um dos assaltantes morreu no local, enquanto um segundo foi transportado para o Hospital de São José.

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