Golpe de Estado na Mauritânia: Portugueses que precisem de apoio devem dirigir-se à embaixada de França

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O Presidente (na foto) e o primeiro-ministro da Mauritânia foram hoje detidos em Nouakchott por militares Vincent Fertey/Reuters

O Governo português aconselhou hoje os portugueses que se encontrem na Mauritânia, a trabalhar ou em turismo, a dirigirem-se à embaixada de França em Nouakchott se necessitarem de apoio, na sequência do golpe de Estado ocorrido naquele país.

Segundo António Braga, "a embaixada de Portugal em Dacar, Senegal, entrou em contacto com a embaixada francesa na Mauritânia, que é a que está melhor colocada no âmbito da União Europeia, a fim de acolher os portugueses que eventualmente necessitem de apoio", adiantou à Lusa o secretário de Estado das Comunidades, António Braga.

Portugal não tem presença diplomática na Mauritânia.

Em declarações à TSF, o responsável adiantou que os serviços consulares têm registo de dez trabalhadores e de dois turistas portugueses na Mauritânia, apesar de admitir que possam existir outros cidadãos nacionais naquele país africano. Os dois turistas já contactaram o gabinete de emergência consular e, segundo António Braga, não tencionam regressar para já a Portugal.

O Presidente da Mauritânia, Sidi Ould Cheikh Abdallahi, e o primeiro-ministro, Yahya Ould Ahmed Waghf, foram hoje detidos em Nouakchott por militares, na sequência de um golpe de Estado, disseram fontes da segurança.

As emissões da rádio e a televisão mauritanas foram interrompidas e, de acordo com testemunhas, regista-se movimento de tropas na capital da Mauritânia, Nouakchott.

A Mauritânia atravessa uma grave crise política marcada pela demissão, segunda-feira, de 48 parlamentares do partido presidencial.

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