PCP dos Açores acusa Carlos César de subserviência aos interesses dos EUA

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As Lajes poderão vir a receber um campo de treino para caças norte-americanos de última geração Paulo Pimenta (arquivo)

O líder do PCP dos Açores, Aníbal Pires, acusou hoje o presidente do Governo Regional, Carlos César, de subserviência aos interesses dos Estados Unidos da América sobre eventuais novas valências para a Base portuguesa das Lajes, localizada na Ilha Terceira.

Recentemente, Carlos César defendeu que uma das estruturas norte-americanas do novo Comando Africano (Africom) deve ficar com sede na Base das Lajes e desafiou Portugal a ter uma "palavra rápida" favorável ao Arquipélago.

Ao abrigo do Acordo de Cooperação e Defesa assinado entre Portugal e os Estados Unidos, os militares norte-americanos possuem um destacamento na Base portuguesa das Lajes, na Ilha Terceira. As Lajes poderão, ainda, vir a receber um campo de treino para caças norte-americanos de última geração.

Segundo o dirigente comunista, Carlos César tem mostrado, porém, um "silêncio" sobre os alegados incumprimentos do Acordo Laboral envolvendo civis portugueses que trabalham para os militares norte-americanos. Sobre as eleições regionais de 19 de Outubro, o coordenador do PCP/Açores adiantou que o objectivo passa por fazer "regressar deputados" ao Parlamento, alegando que os comunistas serão uma "voz diferente" para colocar na agenda política assuntos como a coesão regional e a valorização do trabalho.

Aníbal Pires acusou, ainda, o Governo Regional socialista de fazer esconder os efeitos da crise dos açorianos. "Bem pode o Governo Regional derramar dinheiro sobre os problemas sociais e económicos e promover luxuosas inaugurações para adormecer as populações - mas os problemas estão aí", afirmou o dirigente do PCP/Açores.

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