Tempestade de areia vinda da China atinge Coreia do Sul e Japão

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Várias escolas estão encerradas em Busan Jo Jung-ho/Reuters

Uma tempestade de areia e poeiras tóxicas vinda do deserto Gobi na China cobriu a maior parte da Coreia do Sul, que encerrou as escolas e algumas fábricas, e chegou ao Japão. Todos os anos, estas tempestades são responsáveis pela morte de várias pessoas e milhões de euros de prejuízos.

A Coreia do Sul emitiu um alerta no fim-de-semana e hoje as escolas da região Sul aconselharam os pais a manterem as suas crianças em casa.

“Aconselhamos o encerramento [das escolas] porque as crianças têm o sistema imunitário mais fraco”, explicou Min Eyu-gi, responsável educativo de Busan, 420 quilómetros a Sul de Seul.

Previsões das autoridades chinesas indicam que o ar frio e a escassa precipitação podem originar mais tempestades a partir de quarta-feira e até dia 11, noticiou a agência Xinhua.

Em Taipé, Taiwan, as autoridades locais aconselharam as pessoas a usarem máscaras e a evitar os desportos ao ar livre.

No Japão, os automobilistas foram alertados para a visibilidade reduzida, devido à tempestade.

Nos últimos anos, as tempestades de areia têm aumento de frequência e toxicidade devido ao rápido crescimento económico da China e têm agravado as tensões com a Coreia do Sul e o Japão.

Ao passar pelas regiões industrializadas da China, a poeira arrasta metais pesados como dioxinas, antes de chegar à Coreia do Norte e do Sul e ao Japão. O tempo seco e os ventos na China levantam milhões de toneladas de areia desde finais de Fevereiro até Maio.

Segundo o Instituto para o Ambiente da Coreia do Sul, a tempestade de areia mata 165 pessoas por ano - a maioria idosos ou aqueles com perturbações respiratórias – e causa problemas de saúde a 1,8 milhões de pessoas.

Mas há sempre oportunidades de negócio. Os comerciantes sul coreanos começaram a vender lenços, chapéus e outros acessórios para a estação da tempestade de areia.

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