Itália decreta estado de emergência devido aos incêndios florestais

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Um homem morreu hoje, vítima do incêndio em Peshici Fabio Serino/Reuters

O Conselho de Ministros italiano decretou hoje estado de emergência no centro e no sul do país, nas regiões devastadas há uma semana por incêndios florestais, que já fizeram cinco mortos. A organização WWF alerta que já foram destruídos nove mil hectares de áreas protegidas.

O estado de emergência, que permite a atribuição de indemnizações, engloba as regiões de Campania, Sardenha, Sicília e Calábria.

A situação melhorou hoje, com apenas um foco de incêndio no Parque Nacional de Pollino, que é um dos maiores de Itália.

A organização internacional de defesa do ambiente WWF reviu hoje em alta a sua estimativa da área protegida destruída, de 4500 para nove mil hectares.

"A maioria dos incêndios destes últimos dias é de natureza criminosa. É bem sabido que o fogo, quase sempre, serve para remover árvores e outros obstáculos naturais, em benefício de novos hotéis, pastagens ou habitações", acusa a WWF.

A procuradoria de Castrovillari, responsável pelo inquérito aos incêndios no Parque Nacional de Pollino, denunciou a existência de uma operação "premeditada" que resultou da "associação de várias pessoas", apontando o dedo à criminalidade organizada.

O chefe da Protecção Civil, Guido Bertolaso, criticou na terça-feira o facto de várias regiões não terem em dia os cadastros das zonas queimadas. A legislação italiana prevê que não possa ser realizada nenhuma nova construção numa zona afectada pelos incêndios durante um período de 15 anos.

Segundo a agência Ansa, um homem de 60 anos, que ficou gravemente queimado a 24 de Julho, num incêndio em Peshici, faleceu esta manhã, elevando para cinco o número de vítimas mortais.

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