Opportunity encontrou um meteorito de metal em Marte

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O robô fotografou o meteorito, quando o alcançava com o braço cheio de instrumentos NASA

Um dos robôs geólogos da NASA que anda em Marte fez uma descoberta inesperada. Não foi um homenzinho verde, mas para os cientistas é igualmente entusiasmante: um meteorito.

A descoberta foi feita numa velocidade que pode ser descrita como câmara lenta - mas é dessa forma que os robôs fazem a exploração de Marte. Em meados deste mês, os cientistas começaram a olhar para uma rocha que estava perto do escudo de protecção térmica do Opportunity, que ele deitou fora depois de aterrar. A rocha, do tamanho de uma bola de basquetebol, parecia ter muitas mossas. O Opportunity analisou-o com os seus instrumentos e os cientistas concluíram que era de metal.

Depois de lançar o seu braço robótico até à rocha, ficou provado que era um meteorito. "É uma surpresa fantástica", comentou Steve Squyres, um dos responsáveis científicos pela missão dos robôs. "Quando se faz exploração, há coisas que planeamos andar à procura, mas às vezes simplesmente tem-se sorte. Este foi um caso de pura sorte", disse à AP.

O Opportunity usou uma escova que tem no seu braço cheio de habilidades, tipo canivete suíço, para raspar a superfície do meteorito que encontrou na planície de Meridiani. Mas não conseguiu raspar nem uma lasquinha. Mas o mais interessante nem sequer é estudar o meteorito em si; aquilo que interessa aos cientistas saber é se outros objectos da zona são também meteoritos e como os ventos modificam o planeta.

Se a areia estiver sempre a ser atirada pelo ar pelo vento, e a ser depositada de novo, enterrando as coisas que estão à superfície, formando montinhos, os meteoritos deverão estar cobertos, e serão difíceis de encontrar. Mas se a poeira fina marciana estiver sempre a ser arrancada do chão, e o solo estiver cada vez mais desprotegido, então os meteoritos que caírem no planeta ficarão a descoberto, e será possível detectá-los.

"Portanto, encontrar acumulações de meteoritos à superfície ou meio enterrados informar-nos-á sobre as taxas de erosão ou de deposição que ocorrem nas planícies", explicou Squyres.

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