Sondagem: PS reforça maioria absoluta

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A seguir a Sampaio, o dirigente melhor avaliado é José Sócrates Manuel de Almeida/Lusa

Mais de dois terços dos eleitores (67) acha que, a realizarem-se hoje eleições, o PS seria vencedor. Este é um dos principais dados da mais recente sondagem que Universidade Católica efectuou para o PÚBLICO, Antena 1 e RTP.

De acordo com o inquérito, efectuado nos passados dias 20 e 21 de Novembro, apenas 15 por cento dos inquiridos considera que o PSD seria vencedor. A pergunta foi construída no pressuposto - de certa forma validado por Santana Lopes na entrevista desta semana à RTP - de que o PSD e o CDS concorreriam separados.

A sondagem revela que o PS mantém, com alguma folga, a maioria absoluta. De Janeiro para cá, os socialistas subiram dois pontos percentuais (de 44 passaram para 46 por cento). O PSD também subiu, mas só um ponto (de 34 para 35 por cento), o PCP manteve-se nos sete por cento e tanto o Bloco como o CDS/PP perderam intenções de voto: o partido de Francisco Louçã passou de sete para seis por cento e o de Paulo Portas de quatro para três, mantendo-se "firme" na condição de partido mais pequeno do arco parlamentar. Nota-se também uma diminuição do número de indecisos e dos que ameaçam abster-se, parecendo-se encaminhar ambos para os dois maiores partidos, sobretudo para o PS.

A sondagem inquiriu também os que se revelaram simpatizantes do PSD e do CDS/PP sobre a viabilidade de um acordo de coligação pré-eleitoral entre os dois partidos. Conclusão sintetizada: o eleitorado PSD quer que os partidos concorram separados; o eleitorado do CDS/PP prefere que o façam em coligação. Seja como for, os simpatizantes do partido de Paulo Portas parecem mais firmes sua disposição pró-coligação dos que os do PSD em sentido contrário. Entre estes 51 por cento são pró-separação e 38 pró-coligação; no eleitorado do CDS, 60 por cento são por uma aliança pré-eleitoral e 32 por estão contra. A percentagem dos indecisos é maior entre os sociais-democratas (12 por cento) do que entre os apoiantes do partido de Paulo Portas (oito por cento).

A sondagem procedeu também a uma avaliação dos principais líderes políticos. Numa escala de zero a vinte, a melhor nota vai para Jorge Sampaio (13,2 valores), que no entanto desceu de Janeiro para cá (nessa altura tinha 14,1). A pior (5,9) é atribuída a Paulo Portas, que desceu 0,6 décimas. A seguir a Sampaio, o dirigente melhor avaliado é José Sócrates, com 10,6 (uma avaliação melhor do que a de Ferro Rodrigues, que em Janeiro deste ano tinha 8,1). Francisco Louçã mantém-se nos 8,4 e Carvalhas pouco desce (de oito valores para 7,9).

Quanto à avaliação da situação política, tudo na mesma: 73 por cento dos inquiridos acham que é "má" ou "muito má".

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