Líder do Hamas morto esta manhã na Síria

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O Hamas começou como movimento pacífico, mas acabou por se virar para a violência Suhaib Salem/Reuters

Um dos líderes do movimento palestiniano Hamas foi hoje morto quando uma bomba explodiu no seu carro, quando se encontrava em Damasco, na Síria. Izz el-Deen al-Sheikh Khalil foi morto por Israel, acusa o Hamas a partir de Gaza.

Osama Hamdan, representante do movimento palestiniano no Líbano, disse à Reuters que a explosão matou Izz el-Deen al-Sheikh Khalil, sem adiantar mais pormenores.

A cadeia detelevisão árabe Al-Jazira noticia que o muçulmano morreu enquanto conduzia o seu carro e este explodiu, em plena zona de al-Zahraa. Segundo a Associated Press, o ataque ocorreu às 10h45 locais (08h45 em Lisboa) e, segundo o Centro de Informação Palestiniana, Sheikh Khalil foi ainda transportado com vida para o hospital.

Izz el-Deen al-Sheikh Khalil tinha 42 anos e trabalhava para o Hamas na Faixa de Gaza, mas foi expulso por Israel no início deste ano, contrariando assim a informação de que estava exilado na Síria há doze anos prestada por Osama Hamdan.

O Hamas já reagiu a esta morte, acusando "a Mossad sionista" de autoria do ataque. Para o Hamas, a morte de Izz el-Deen al-Sheikh Khalil foi "um crime cobarde" cometido pelos serviços secretos israelitas.

O Hamas é o movimento islamista palestiniano mais conhecido da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. O seu braço militar, Ezzedine al-Qassem, leva a cabo operações militares e terroristas. Foi fundado no final de 1987, no início da "intifada" (guerra das pedras), apresentando-se como maior movimento não-violento de protesto contra a ocupação israelita. Mas, em 1988, o Hamas divulgou uma declaração onde afirmava que "se Israel pretende a destruição do Islão, o trabalho contra Israel é uma tarefa religiosa".

Israel leva a cabo há meses o assassínio selectivo dos líderes dos movimentos armados palestinianos. Ahmad Yassin, o fundador do Hama, e Abdelaziz al-Rantissi, o seu sucessor, foram liquidados por Israel em Março e Abril em Gaza. Já em Junho, o Exército israelita matou o líder das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do movimento laico Fatah responsável por vários dos atentados mais mortíferos contra cidadãos israelitas nesta segunda Intifada.

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