Biblioteca do conhecimento online é inaugurada amanhã
"O projecto é inaugurado agora, mas não acaba aqui", disse ao PÚBLICO Diogo Vasconcelos, responsável da Unidade de Missão Inovação e Conhecimento (UMIC) que, nos últimos meses, liderou as longas negociações com as seis editoras internacionais cujas revistas científicas fazem parte da Biblioteca do Conhecimento Online. "O nosso objectivo é continuar a aumentar os recursos e facilitar a vida a docentes, investigadores e alunos, no que diz respeito ao acesso ao conhecimento".
Para além do acesso ao texto integral das revistas científicas, os investigadores poderão, através deste portal, efectuar pesquisas por palavra-chave, por autor, título da publicação, ano, editora, área temática, etc. Será ainda possível consultar os "abstracts" [resumos] dos artigos, fazer o seu "download" em texto completo ou imprimi-los. O utilizador pode também definir a sua própria área de trabalho, gravar as pesquisas já efectuadas, programar alertas para ser avisado quando um artigo sobre um determinado tema for publicado ou eliminar automaticamente registos duplicados.
O sistema seleccionado para o motor de busca (Metalib) é utilizado noutras instituições de ensino superior no mundo inteiro, como a Universidade de Harvard, e pode ser adaptado para pesquisar outras revistas que venham a ser assinadas ou os recursos bibliográficos das próprias instituições.
A iniciativa, prevista no Plano de Acção para a Sociedade da Informação, custará cerca de oito milhões de euros anuais, partilhados entre as instituições de ensino superior e investigação e a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN). O anúncio da sua criação foi feito no início do passado mês de Março mas, nessa altura, ainda não estava finalizado o portal que permite a integração das pesquisas.
A divisão dos custos da Biblioteca do Conhecimento Online é simples e bastante transparente: a FCCN assina os contratos com as editoras e responsabiliza-se pelo pagamento anual de quatro milhões de euros, ou seja, metade do valor em causa; por outro lado, factura às universidades mais quatro milhões, de acordo com uma fórmula previamente estabelecida e que tem em conta o número de alunos e investigadores de cada uma das instituições.