Influência da escolarização na organização do cérebro em debate na Gulbenkian

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O neurologista Alexandre Castro-Caldas estará esta tarde na Gulbenkian DR

A influência da escolarização na organização do cérebro vai hoje ser explicada pelo neurologista Alexandre Castro-Caldas na abertura do ciclo de colóquios "Despertar para a Ciência" da Fundação Calouste Gulbenkian.

Alexandre Castro Caldas, que trabalha nesta área desde a década de 1970, concluiu que o cérebro de quem aprendeu a ler durante a infância organiza-se de forma diferente do cérebro de quem foi escolarizado já na idade adulta ou do de um analfabeto.
Uma conclusão que foi possível demonstrar com as mais recentes técnicas de imagiologia, disse o especialista à Lusa.

Hoje ao fim da tarde, no âmbito do ciclo de colóquios "Despertar para a Ciência" na Gulbenkian, em Lisboa, o investigador vai falar dessas diferenças do cérebro e do trabalho que tem desenvolvido.

Em 2002, o trabalho "O cérebro analfabeto e a influência do conhecimento das regras da leitura e da escrita na função cerebral" ganhou o Prémio Bial.

O estudo destas diferenças pode revelar muito sobre o funcionamento do cérebro, alertar para possíveis alterações na escolarização e na educação de adultos, disse Castro-Caldas.

O ciclo de colóquios "Despertar para a Ciência" é uma iniciativa conjunta do Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Ao longo deste ano, e à semelhança de 2003, a Fundação Gulbenkian vai receber, todos os meses às 18h00, um cientista português de renome.

Depois de Castro-Caldas, segue-se o vice-presidente do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, no dia 18 do próximo mês.

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