Metro de Lisboa não tem condições de segurança

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Faltam saídas de incêndio, sistema de desenfumagem ou portas corta-fogo Manuel Moura/Lusa

No Metroplolitano de Lisboa "os caminhos de evacuação são longos e tortuosos, a sinalização de emergência é confusa e algumas saídas encontram-se bloqueadas", denuncia a Deco - Associação de Defesa do Consumidor, na revista mensal "Pro Teste". Para a Deco, cinco anos depois do incêndio que matou dois trabalhadores na estação da Alameda, a rede do Metropolitano de Lisboa "é um perigo subterrâneo".

A equipa da Deco testou e analisou as soluções e equipamentos de que o Metropolitano de Lisboa dispõe, em doze estações mais movimentadas, e a avaliação é desastrosa. "Quase não existem portas corta-fogo; as chaminés para evacuar o fumo para o exterior escasseiam; e extintores, nem vê-los".

Os bombeiros já alertaram a empresa para a situação perigosa, em Outubro de 1997, quando um incêndio nas obras da estação da Alameda, para construção da intersecção da Linha Verde com a Linha Vermelha, vitimou dois trabalhadores.

Na sequência do incêndio, o então comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL) considerou que a rede do Metropolitano necessitava de um sistema de desenfumagem e de zonas de penetração e evacuação entre as estações. Segundo o tenente-coronel Lameirinhas, a ausência do sistema de desenfumagem na rede do metro, bem como a existência a curta distância da conduta de gás, foram dois dos principais problemas que os bombeiros tiveram de enfrentar no combate ao incêndio entre a Alameda e o Areeiro.

Uma média diária de 650 mil pessoas utiliza o metropolitano de Lisboa.

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