FAA criam comissão para investigar morte do general Dembo

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Dembo assumiu interinamente a liderança da UNITA após a morte de Savimbi DR

O Estado Maior-General das Forças Armadas Angolanas criou uma comissão para investigar a veracidade da informação que dá conta da morte do general António Dembo, revela um comunicado emitido ao final do dia. Representantes da UNITA em Lisboa afirmam, entretanto não terem qualquer confirmação da morte do vice-presidente do movimento.

"Um elemento das forças rebeldes da UNITA capturado em combate, na província do Moxico, revelou ter assistido ao enterro do general António Dembo, disponibilizando-se para indicar o local onde o seu corpo terá sido eventualmente sepultado", lê-se no comunicado das FAA, citado pela Lusa. Segundo a nota, o elemento da UNITA terá explicado que "o general Dembo se encontrava bastante debilitado, tendo vindo a falecer vítima de doença não especificada".

"A fim de apurar a veracidade dessa informação, o Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas designou já uma comissão que terá por missão deslocar-se ao referido local para apurar a verdade e disso dar conhecimento à opinião pública nacional e internacional", acrescenta a nota.

A representação da UNITA em Lisboa afirmou, entretanto, não ter conseguido ainda confirmar estas informações. "Não confirmamos nem desmentimos, não conseguimos estabelecer contactos com o interior do país", afirmou uma fonte da representação da UNITA em Lisboa, em declarações à Lusa.

A notícia foi avançada pela rádio católica angolana Ecclésia, ao início da tarde de hoje. A rádio revelava que Dembo (que assumiu interinamente a liderança do movimento) teria falecido três dias depois da morte de Jonas Savimbi. Segundo a mesma fonte, circulavam duas versões na capital quanto à alegada morte do general Dembo, uma apontando para a morte em resultado de ferimentos sofridos em combate e a outra para a possibilidade de ter sido a falta de mantimentos a originar o falecimento.

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