Portugal despediu-se do marechal Costa Gomes

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No momento da sua morte, Costa Gomes conseguiu reunir consensos no espectro político português Dulce Fernandes

O antigo Presidente da República marechal Costa Gomes já foi sepultado no talhão dos combatentes, no cemitério do Alto de S. João, em Lisboa. O segundo chefe de Estado do pós-25 de Abril encontra-se, agora, junto ao seu antecessor no cargo, António de Spínola, também ele membro da Junta de Salvação Nacional, que dirigiu os destinos do país no conturbado período que se seguiu à revolução dos cravos.

Costa Gomes, o único marechal a ostentar a patente após a morte de António de Spínola , morreu ontem aos 87 anos, no Hospital Militar de Lisboa, vítima de insuficiências respiratórias.O antigo Presidente - que assumiu o cargo entre Setembro de 1974 e Julho de 1976 - teve direito a todas as honras militares, designadamente guarda de honra permanente, escolta motorizada do cortejo fúnebre e salva de tiros.
No momento da sua morte, Costa Gomes conseguiu reunir consensos no espectro político português, sendo considerado por muitos como o grande responsável pela não deflagração de uma guerra civil em Portugal.
Apesar das "ambiguidades", "hesitações" e "prudência" que revelou ao longo da sua vida política, o marechal é já recordado como um homem de "fortíssima personalidade" e "inteligência brilhante", que soube gerir como ninguém os frágeis equilíbrios do período revolucionário.
Cumprem-se, agora, dois dias de luto nacional.

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Ver Dossier Costa Gomes - 31-07-2001


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