Covid-19: Brigadas de Intervenção Rápida activadas 502 vezes desde Outubro

O relatório sobre o 13.º estado de emergência decretado em Portugal desde o início da pandemia e que coincide com a primeira fase de desconfinamento destaca “a diminuição expressiva do número de casos em internamento hospitalar”, bem como a manutenção da tendência decrescente de novos casos de covid-19.

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Paulo Pimenta

As Brigadas de Intervenção Rápida (BIR), criadas para actuar em caso de surto de covid-19 nos lares de idosos, foram activadas 502 vezes desde a entrada em funcionamento e as intervenções diminuíram nas últimas semanas, foi divulgado nesta segunda-feira.

“Desde o dia 1 de Outubro entraram em funcionamento as BIR que permitem responder às necessidades das respostas sociais que, por situação de surto, tenham as equipas de recursos humanos comprometidas, tendo sido já activadas 502 brigadas”, refere o relatório do estado de emergência referente ao período de 17 a 31 de Março e hoje entregue na Assembleia da República.

O documento, realizado quinzenalmente pela Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência, coordenada pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, refere que, na região Centro, no final de Março “não existia qualquer intervenção activa” das BIR face “à melhoria da situação nos lares”.

Segundo o documento do Governo, os surtos em lares “sofreram uma redução acentuada” nesta região do país com impacto positivo na redução de mortalidade por covid-19 nas pessoas residentes em lares.

Criadas no âmbito de um protocolo entre o Instituto de Segurança Social e a Cruz Vermelha Portuguesa, as BIR, compostas por pessoal ajudante de acção directa, auxiliares de serviços gerais, enfermeiros, psicólogos e médicos, actuam em situação de emergência e têm capacidade de acção imediata na contenção e estabilização de surtos de covid-19 em lares de idosos.

As BIR estão estabelecidas em todos os distritos e são activadas sempre que necessário.

Na região Norte, indica o mesmo documento, as BIR foram activadas, na última quinzena de Março, oito vezes no distrito do Porto e uma vez em Aveiro.

O relatório sobre o 13.º estado de emergência decretado em Portugal desde o início da pandemia e que coincide com a primeira fase de desconfinamento destaca “a diminuição expressiva do número de casos em internamento hospitalar”, bem como a manutenção da tendência decrescente de novos casos de covid-19.

O documento do Governo refere também que, no período entre 17 e 31 de Março, observou-se “uma tendência decrescente da taxa de novos casos de covid-19” em todas as regiões do país, excepto na região do Algarve.

Desde o início da pandemia, em Março de 2020, que foram feitos 9.103.266 testes de diagnóstico à covid-19.

Segundo o relatório, que vai ser discutido na quarta-feira na Assembleia da República, 27 de Janeiro de 2021 foi o dia em que se registou o número mais elevado de novos casos de infecção, 16.432 casos notificados.

No capítulo dedicado à caracterização da situação económica, o documente refere que, entre 17 e 31 de Março, os níveis de procura interna demonstram “uma aceleração ligeira, consolidando o enquadramento a que se assistiu no final de Fevereiro e na primeira quinzena de Março”.

“Esta aceleração, não assumindo ainda valores significativos, não deixa de ser um dado positivo, precisamente por ser uma indicação da aceleração a esperar com o desconfinamento progressivo”, precisa.

Em Portugal, morreram 16.965 pessoas dos 834.638 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

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