Coreia do Norte remodela contingente militar na fronteira após fuga de soldado

Deserção de militar norte-coreano através de Panmunjom embaraçou o regime de Kim Jong-un.

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Reuters/HANDOUT

O regime de Kim Jong-un chamou à capital o principal responsável militar norte-coreano em Panmunjon, a Área de Segurança Conjunta (JSA, na sigla inglesa) repartida entre Pyongyang e Seul, dias após a deserção de um militar para o Sul. Segundo a imprensa japonesa, citada pelo diário britânico The Guardian, o contingente militar norte-coreano naquela aldeia fronteiriça, composto por 35 a 40 elementos, foi remodelado. Os militares que não conseguiram evitar a fuga do soldado Oh terão sido alvo de medidas disciplinares, desconhecendo-se qual a punição em causa.

Foi também reforçada a segurança no lado norte-coreano da fronteira, com a construção de uma nova barreira na ponte por onde o militar em fuga passou num veículo todo-terreno, e com a disponibilização de mais armamento para o contingente em Panmunjon.   

A Coreia do Norte ainda não fez qualquer declaração oficial sobre o incidente, que foi filmado e amplamente noiticiado pela imprensa internacional. Segundo o The Guardian, o caso é “embaraçoso” para o regime de Pyongyang. 

Recorde-se que o soldado Oh foi alvejado cinco vezes ao cruzar a linha divisória na zona militar especial de Panmunjom. De acordo com o cirurgião sul-coreano Lee Cook-jong, o desertor norte-coreano permanece hospitalizado, mas está em "condição estável". As autoridades sul-coreanas vão submeter Oh a um interrogatório quando estiver recuperado dos seus ferimentos.

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