Protecção Civil nega "lei da rolha" sobre os incêndios

PSD e presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses criticaram novas regras de comunicação.

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Comandantes deixam de estar autorizados a prestar informações aos jornalistas sobre incêndios para "se concentrarem no essencial" Daniel Rocha

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) rejeitou esta manhã de quarta-feira qualquer associação entre as novas regras de comunicação do serviço sobre incêndios e uma "lei da rolha".

"Rejeitamos liminarmente qualquer associação deste processo a uma qualquer lei da rolha", disse, em declarações aos jornalistas, a adjunta nacional de Operações Patrícia Gaspar, explicando que o que está em curso "é um procedimento de excepção para uma situação de excepção".

"Estão a ocorrer simultaneamente ocorrências elevadas que implicam recursos elevadíssimos e por isso é fundamental que os comandos se possam focar no essencial: que é dar resposta às emergências", salientou.

Patrícia Gaspar garantiu também que os comandos distritais de operações de socorro (CDOS) não estão proibidos de dar informações.

"Não foi emitida qualquer proibição. Estamos apenas a concentrar tudo em Carnaxide [sede da ANPC] para facilitar e garantir a conduta operacional dos comandos", acrescentou.

A ANPC anunciou na terça-feira que vai fazer a partir desta quarta-feira dois briefings diários, incluindo aos fins-de-semana, sobre os incêndios no país, um de manhã e outro ao final do dia.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou na terça-feira o Governo de impor a "lei da rolha" aos serviços de protecção civil, por ter como "política primeira a da comunicação". Também o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses já veio acusar a ANPC de aplicar a "lei da rolha", em reacção às novas regras de comunicação.

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