Liga dos Bombeiros defende comando autónomo da Protecção Civil

"Não queremos ser comandados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, queremos um comando autónomo", afirma Jaime Marta Soares.

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Jaime Marta Soares adiantou que há uma diminuição do número de bombeiros voluntários LUSA/NUNO ANDRÉ FERREIRA

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) manifestou-se esta terça-feira contra a actual organização do combate aos incêndios, defendendo para os bombeiros um comando autónomo da Protecção Civil.

"Não queremos ser comandados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil [ANPC], queremos um comando autónomo. Protecção Civil na Europa e no mundo é coordenação, só em Portugal é que é comandamento", disse aos jornalistas Jaime Marta Soares, à margem da assinatura de um protocolo para a criação de uma Equipa de Intervenção Permanente em Vila Verde.

O presidente da LBP adiantou que os bombeiros "não concordam" com o sistema actualmente implantado de serem comandados pela ANPC, realçando que já existiu no passado um modelo que obteve "bons resultados".

Segundo Jaime Marta Soares, os bombeiros querem uma "autonomia de comando dentro de uma estrutura de coordenação". Realçando que "não há uma guerra entre a protecção civil e os bombeiros", o presidente da Liga explicou que os bombeiros deviam ser comandados pelos comandantes das próprias corporações, cabendo à ANPC a coordenadora.

Jaime Marta Soares esclareceu também as últimas informações que davam conta da diminuição do número de bombeiros voluntários, sublinhando que tal "não corresponde à verdade".

Segundo a LBP, actualmente estão no activo 30 mil bombeiros voluntários, além dos 15 mil na reserva e outros 15 mil no quadro de honra. "É o maior exército português com 60 mil de cidadãos ao serviço de Portugal", frisou.

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