Despeçam o Colbert, pedem os apoiantes de Trump — e os activistas gay

Apresentador norte-americano fez uma piada considerada ofensiva por uns e homofóbica por outros.

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Stephen Colbert Lucas Jackson/Reuters

Vários apoiantes do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão a exigir através da rede social Twitter o despedimento do apresentador Stephen Colbert depois de uma piada ofensiva – não só para os apoiantes de Trump, mas também para organizações de defesa dos direitos dos homossexuais.

A piada foi contada no programa The Late Show with Stephen Colbert, na noite de segunda-feira, e fez parte da resposta do apresentador a uma declaração de Donald Trump num outro programa do canal CBS.

Um dia antes, no Face the Nation (enfrenta a nação), o Presidente acusou o jornalista John Dickerson de fazer parte daquilo a que chama fake news (notícias falsas) e disse que costumava referir-se àquele programa como "Deface the Nation" (desfigurar a nação).

Colbert começou por dizer que Donald Trump não tinha o direito de pôr em causa o profissionalismo de John Dickerson e depois lançou-se num monólogo que incluiu várias ofensas dirigidas ao chefe de Estado. Mas só uma delas ultrapassou as fronteiras do programa e espalhou-se pelo Twitter – a dado momento, Stephen Colbert disse que a boca de Donald Trump só serve para deixar entrar o pénis de Vladimir Putin.

A reacção no Twitter foi imediata: foi criada a hashtag #FireColbert (despeçam o Colbert) e o apresentador vê-se agora no meio de uma polémica entre apoiantes de Donald Trump e activistas pelos direitos dos homossexuais. Os primeiros dizem que Stephen Colbert foi longe de mais, e que se alguém da direita tivesse feito uma piada semelhante sobre Hillary Clinton teria sido despedido; e os segundos criticam a utilização de uma piada historicamente conhecida como homofóbica – que implica que o sexo oral masculino é um acto depreciativo.

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