Três golos de Ronaldo põem Real Madrid nas meias-finais

Cristiano Ronaldo fez três dos quatro golos com que o Real Madrid afastou o Bayern, após prolongamento. Atlético de Madrid também avançou e já são sete épocas consecutivas com pelo menos duas equipas espanholas nas meias-finais

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Pela terceira vez nas últimas quatro épocas, Madrid estará duplamente representada nas meias-finais da Liga dos Campeões. Com maior ou menor dificuldade, Real Madrid e Atlético de Madrid afastaram, respectivamente, Bayern Munique e Leicester City. Os “merengues” foram obrigados a disputar 30 minutos de prolongamento para desfazer a igualdade na eliminatória, com três golos de Cristiano Ronaldo e um de Asensio a garantirem a qualificação para a próxima fase da competição (6-3 no agregado). Em Inglaterra, a equipa de Diego Simeone defendeu a vantagem mínima obtida em casa e o empate 1-1 permitiu avançar na prova. E já são sete as épocas consecutivas em que há pelo menos duas equipas espanholas entre os quatro semifinalistas da Champions (o Real Madrid foi sempre uma delas).

São agora 103 os golos de Cristiano Ronaldo nas competições europeias, 100 se contabilizarmos apenas a Liga dos Campeões, de acordo com a UEFA. O internacional português foi protagonista no Santiago Bernabéu, numa noite em que a equipa de Zidane esteve duas vezes em desvantagem no marcador mas acabou por vencer (4-2) e garantir um lugar nas meias-finais da Champions. Segundo publicou a Liga espanhola na rede social Twitter, o hat-trick também fez de Cristiano Ronaldo o melhor marcador da história do Real Madrid no Santiago Bernabéu, à frente de Di Stéfano.

No duelo mais vezes repetido nas competições europeias, Real Madrid e Bayern Munique proporcionaram um espectáculo intenso e com todos os ingredientes de dramatismo que seriam de esperar. Após um início forte dos bávaros, a equipa de Carlo Ancelotti pareceu deixar o nervosismo levar a melhor e os anfitriões assumiram o controlo da partida. Apesar de ter sido a equipa mais perigosa até ao intervalo, o Real Madrid também não conseguiu traduzir a superioridade em golos porque Neuer e Hummels foram intransponíveis. A segunda parte trouxe todas as peripécias. O Bayern ameaçou aos 51’, quando Robben, já com Navas batido, atirou para a baliza — mas Marcelo estava sobre a linha para, de cabeça, afastar a bola. Porém, instantes depois, o árbitro da partida assinalou penálti num lance de Casemiro sobre Robben (na primeira de várias decisões discutíveis) e Lewandowski fez o 0-1.

O Real continuava qualificado e o Bayern ainda precisava de mais um golo, mas tudo mudou em poucos minutos: aos 76’ os “merengues” ficaram relativamente mais tranquilos, quando Cristiano Ronaldo fez o 1-1. Mas aos 78’ era o prolongamento que estava à vista, com um autogolo de Sergio Ramos, num lance caricato. Ainda antes do final do tempo regulamentar, os alemães ficaram em inferioridade numérica quando Viktor Kassai mostrou o segundo cartão amarelo a Arturo Vidal.

A resistência do Bayern no prolongamento durou pouco menos de 15 minutos. Embora em posição irregular, Cristiano Ronaldo voltou a adiantar o Real Madrid na eliminatória quando fez o 2-2. O internacional português recebeu de Sergio Ramos e, com o pé esquerdo, fez o seu segundo da noite. O golpe foi demasiado duro para os alemães, que perderam toda a consistência. Cristiano Ronaldo só teve de encostar para completar o hat-trick aos 109’, após grande jogada de Marcelo, e pouco depois foi Asensio a fechar o marcador em 4-2 — passou por Hummels e rematou cruzado. A noite acabou em festa para o Santiago Bernabéu.

Em Leicester, a tarefa do Atlético de Madrid ficou simplificada graças a um golo de Saúl Ñíguez na primeira parte. Na segunda metade a reacção dos campeões ingleses em título chegou para colocar os “colchoneros” em sentido, mas o melhor que a equipa de Craig Shakespeare conseguiu foi chegar ao empate, por Jamie Vardy.

A vantagem na eliminatória era do Atlético de Madrid, que vencera em casa por 1-0 na primeira mão. Em Inglaterra, a equipa de Diego Simeone ficou mais confortável no marcador quando se adiantou aos 26’. Felipe Luís fez o cruzamento na esquerda e Saúl Ñíguez desferiu um cabeceamento potente, ao qual Kasper Schmeichel não conseguiu chegar. O Leicester City melhorou na segunda parte e empurrou os “colchoneros” para a defesa. Os adeptos acreditaram na reviravolta quando Jamie Vardy fez o 1-1 (61’), tornando-se no primeiro futebolista inglês a marcar nos quartos-de-final da Champions desde Frank Lampard em 2012.

Poucos minutos depois, o avançado voltou a ter o golo nos pés, mas Savic interceptou o remate. Mahrez, de livre, também ameaçou (76’), mas os “foxes” tiveram mesmo de despedir-se da Liga dos Campeões após uma caminhada de sonho.     

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