Pelo menos 72 mortos em atentado do Daesh no Paquistão

Explosão em templo sufi fez mais de 250 feridos e as autoridades avisam que o balanço pode subir. Hospitais na zona não estão preparados para lidar com emergências.

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O mausoléu fica na província de Sindh, no Sul do Paquistão Akhtar Soomro/Reuters

Um bombista suicida fez-se explodir no mausoléu de Lal Shahbaz Qalandar, na província paquistanesa de Sindh, durante um ritual em que participavam centenas de crentes: pelo menos 72 morreram e mais de 250 ficaram feridos.

Entre as vítimas do ataque – reivindicado pelos jihadistas do Daesh (o autodenominado Estado Islâmico) – contam-se 43 homens, 20 crianças e nove mulheres.

“Foi-nos dito que o número de vítimas deverá ser muito maior. Centenas de pessoas estão feridas e foram levadas para hospitais locais, onde as instalações não são as melhores”, diz na Al-Jazira Kamal Hyder, um dos jornalistas da estação em Islamabad, a capital do Paquistão.

A área onde fica o templo, no Sul do Paquistão, não tem hospitais – o hospital mais próximo fica a 70 quilómetros e “não está equipado para lidar com uma grande emergência”, diz o ministro da Saúde da província, Sikandar Mandhro, citado pela Al-Jazira. Segundo a BBC, os feridos mais graves estão a ser levados de ambulância para Jamshoro e Hyderabad, a duas horas de distância.

A explosão aconteceu quando o templo estava repleto de pessoas, durante a celebração da tradição sufi do dhamaal, um ritual de devoção com precursão e dança. Os sufis são místicos muçulmanos – muitas vezes atacados por radicais, que os consideram hereges.

Este mausoléu, construído em 1356, é o túmulo de Syed Muhammad Usman Marwandi, filósofo e poeta sufi mais conhecido como Lal Shahbaz Qalandar, e um dos santos mais venerados no Paquistão.

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