"No que era decisivo, ele foi sempre vencedor", afirma Marcelo

Presidente da República destaca Mário Soares como “lutador pela liberdade”, a sua causa de sempre em Portugal, na Europa e no mundo.

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"No que era decisivo, ele foi sempre vencedor", afirma Marcelo Presidência da República

Marcelo Rebelo de Sousa convocou o país a fazer, com Mário Soares “como inspirador”, o seu último combate: "O combate pela duradoura liberdade com justiça, que é o mesmo dizer, o combate pela imortalidade do seu legado".

Numa declaração no Palácio de Belém de cerca de 15 minutos, o Presidente da República afirmou que "iremos vencer esse combate porque dele nunca desistiremos, como Mário Soares nunca desistiu de lutar por um Portugal livre, uma Europa livre, um mundo livre". <_o3a_p>

“Como toda a personalidade de eleição, conheceu a glória e o revés”, mas "no que era decisivo, ele foi sempre vencedor", afirmou o chefe de Estado. E o decisivo, disse-o ao longo de toda a intervenção, foi o seu combate de uma vida pela liberdade. <_o3a_p>

“Foi pela liberdade que se viu perseguido, preso e deportado, (…) por ela se bateu durante os anos quentes da Revolução”, lembrou Marcelo. “Mas foi sobretudo como lutador pela liberdade que se revelou determinante a criar a nossa democracia, a votar a nossa Constituição, a ver a lusofonia como comunidade de Estados soberanos e irmãos, a pedir a adesão às Comunidades Europeias e a subscrevê-la”, acrescentou.<_o3a_p>

Soares sonhava então, disse ainda Marcelo, “com uma Europa das pessoas e da solidariedade” e foi ele que “abriu a nossa diplomacia ao mundo, condenou as violações dos direitos humanos e as intolerâncias internacionais, defendeu a igualdade que permitisse a verdadeira liberdade num quadro de um socialismo democrático, lusíada, atlântico, universalista e progressista”.<_o3a_p>

Momentos de uma vida única<_o3a_p>

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou também “as imagens únicas que ninguém esquecerá” da vida de Mário Soares, a começar pela “presença corajosa ao lado de Humberto Delgado", a resistência no exílio, o regresso a Santa Apolónia, o discurso na Fonte Luminosa, o debate com Álvaro Cunhal.<_o3a_p>

"Esteve disponível para servir como primeiro-ministro em duas crises financeiras graves", recordou o Presidente da República, lembrando ainda a sua "tenacidade" no fim da primeira volta das eleições presidenciais de 1986, que acabou por vencer.<_o3a_p>

Enalteceu também o "calor irrepetível do encontro com os portugueses nas presidências abertas", "o sonho e luta por um Timor Leste independente" e a participação do fundador do PS na manifestação contra a intervenção no Iraque. <_o3a_p>

Marcelo sublinhou também a união de Soares com Maria de Jesus Barroso, "sua mulher e companheira de luta”.<_o3a_p>

A sua causa, sublinhou Marcelo, foi sempre a mesma: a liberdade.<_o3a_p>

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