França expulsa presidente da associação de adeptos russos

Vinte dos 43 detidos na terça-feira vão ser deportados para a Rússia.

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Adeptos russos foram detidos na terça-feira Reuters

A França vai expulsar do país o presidente da Associação dos Adeptos Russos, Chpryguine Alexander, e mais 19 cidadãos russos na sequência dos actos de violência em Marselha no passado fim-de-semana.

Chpryguine foi um dos 43 detidos na terça-feira, num autocarro que partia de Marselha Para Lille, onde a Rússia jogou com a Eslováquia.

Segundo a agência AFP, Chpryguine Alexander é colaborador do deputado ultranacionalista russo Igor Lebedev, membro do partido de extrema direita LDPR.
 
Este homem já foi visto na companhia do presidente russo Vladimir Putin e foi fotografado no passado fazendo uma saudação nazi na companhia de um músico de uma banda de rock de extrema-direita da Rússia, embora ele negue ser simpatizante nazi.

Estes adeptos foram detidos terça-feira em Mandelieu-la-Napoule (sudeste de França), a 170 km de Marselha, onde a violência explodiu sábado à margem do jogo Inglaterra-Rússia.

Já nesta quinta-feira, o ministério público francês pediu um ano e dois anos e meio de prisão para três adeptos russos julgados nesta quinta-feira em Marselha, no âmbito da investigação aos incidentes de sábado no Rússia-Inglaterra (1-1), no Euro2016 de futebol.

Para Aleksei Erunov, de 29 anos, e Sergueï Gorbatchev, de 33, acusados de terem participado na onda de violência registada no Porto-Velho de Marselha, são pedidos dois anos e meio de prisão e dois anos de interdição do território. Para Nikolay Morozov, 28, que não aparece nas imagens a exercer qualquer tipo de violência, é pedido um ano de prisão e dois de impedimento de entrada em França.

Os confrontos no fim-de-semana em Marselha causaram 35 feridos, maioritariamente ingleses. Segundo as autoridades francesas os adeptos russos agiram de forma organizada e estavam “altamente treinados”.

Segundo o ministério do Interior, desde o início do Euro 2016, dia 10 deste mês, já foram detidos 323 adeptos suspeitos de violência.

 

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