Lucro da Mota-Engil cai 68% para 16 milhões

África foi o único mercado onde as receitas caíram.

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África deixou de ser o principal Dario Cruz

Com as operações em África a penalizar as contas, o grupo de construção Mota-Engil terminou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 16 milhões de euros, menos 68% do que no mesmo período de 2014.

Nas contas apresentadas nesta quinta-feira, o grupo comunicou receitas de 1793 milhões, praticamente o mesmo do ano passado. Mas a margem do negócio desceu de 18% para 14%, pressionada “pelo pior desempenho em África”, explica o comunicado.

Aquele mercado foi o único a registar uma descida. As vendas em África caíram 29,5%, para 592,7 milhões de euros, com este mercado a deixar de ser aquele que mais gera receita ao grupo, enquanto na Europa o volume de negócios cresceu 16,4%, para 755,5 milhões de euros.

"O peso da actividade fora da Europa representou 61% do total, tendo o volume de negócios neste período um perfil mais balanceado entre regiões, quando comparado com o mesmo período de 2014, quando a actividade fora da Europa atingiu os 68%", refere a Mota Engil na nota enviada à CMVM.

Para tal evolução, adianta a empresa, contribuiu "o crescimento assinalável das regiões da Europa e da América Latina, em linha com a estratégia de diversificação da actividade entre regiões, mas sempre assente nos objectivos de crescimento sustentado no longo-prazo". Na América Latina, as receitas do grupo avançaram 35,2%, para 507,7 milhões de euros.

De acordo com a empresa, a 30 de Setembro, "a dívida líquida ascendia a 1600 milhões de euros, excluindo leasing e factoring, tendo registado um aumento de cerca de 257 milhões de euros face a 30 de Junho de 2015, justificado essencialmente (233 milhões de euros) pela aquisição e consolidação das empresas do subgrupo EGF".

A carteira de encomendas, por sua vez, ascendia a cerca de 4300 milhões de euros, dos quais cerca de 3400 milhões de euros em mercados fora da Europa, o que representa 78% do total da carteira.

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