Em dia de inaugurações, Costa pedalou, andou na passadeira e até dançou

A ponte ciclopedonal sobre a Segunda Circular e o Centro Desportivo dos Olivais foram inaugurados neste sábado pelo presidente da Câmara de Lisboa.

Fotogaleria
António Costa na passadeira no Centro Desportivo dos Olivais João Silva
Fotogaleria
A ponte sobre a Segunda Circular Nuno Ferreira Santos/Arquivo

A primeira das obras inauguradas pelo presidente da Câmara de Lisboa este sábado foi a ponte ciclável e pedonal que une Telheiras às Torres de Lisboa. Uma obra que se revelou polémica, não só devido a algumas dúvidas levantadas quanto à sua utilidade, mas principalmente por, ao contrário do que estava inicialmente previsto, não ter sido financiada na íntegra pelo grupo Galp, tendo custado 465 mil euros ao município.

O facto de esta ponte cor-de-laranja sobre a Segunda Circular só ter aberto ao público mais de cinco anos depois de terem sido conhecidos os vencedores do concurso internacional lançado para a sua concepção (os arquitectos portugueses Telmo Cruz e Maximina Almeida) não foi esquecido nos discursos de circunstância. “Infelizmente demorou tempo de mais”, reconheceu o vereador da Estrutura Verde, acrescentando, no entanto, que essa “demora” será “rapidamente esquecida” à medida que as pessoas se forem apropriando desta infra-estrutura.

José Sá Fernandes lembrou que esta é “a quinta ponte” construída nos últimos anos para unir margens da cidade que até aí estavam afastadas, e adiantou que é sua ambição concretizar outras duas: uma sobre a Avenida Santo Condestável, que espera lançar ainda este ano, e outra sobre a Calçada de Carriche, que gostaria de ver iniciada até ao fim do mandato. E os anúncios não ficaram por aqui: o vereador disse ainda ter a “grande esperança” de que a rede partilhada de bicicletas de que se vem falando há vários anos possa ser uma realidade em 2016.

Já António Costa destacou que a obra agora inaugurada, na qual já era possível andar ou pedalar desde o fim de Janeiro, “é mais do que uma ponte, é uma obra de arte de que a Segunda Circular, que é uma das maiores cicatrizes existentes na cidade, precisava”. O autarca defendeu ainda que, agora que Lisboa tem “uma rede de ciclovias de lazer como poucas cidades na Europa podem ter”, é tempo de “dar o salto” e levar as ciclovias para o centro da cidade, para que possam ser “uma via normal de circulação no quotidiano”.  

Durante a tarde, a festa fez-se nos Olivais, com a inauguração do Centro Desportivo Go Fit Olivais, fruto de um investimento de cerca de nove milhões de euros realizado pela empresa espanhola Ingesport. As antigas piscinas municipais, que estavam encerradas desde 2006, deram lugar a um complexo desportivo que inclui quatro piscinas cobertas e uma exterior, três campos de padel e um polidesportivo, uma sala de fitness e várias de actividades colectivas. De portas abertas desde o início de Fevereiro, o complexo já conta com nove mil inscritos.

No discurso que antecedeu uma curta dança com a Viscondessa de Valdemouro, cuja família era a proprietária do terreno onde o equipamento desportivo original foi erguido em 1967, António Costa lembrou que está “em vias de conclusão” a transformação da antiga piscina do Areeiro num centro desportivo e manifestou o desejo de que o mesmo venha a acontecer rapidamente no Campo Grande.

Ao PÚBLICO, o vereador do Desporto e das Obras, Jorge Máximo, disse que as obras no Campo Grande só terão início depois de se “ultimar algumas questões relativamente à questão do estacionamento” e acrescentou que levarão 15 meses a concluir.

Sugerir correcção
Ler 5 comentários